Raul Germano Brandão nasceu no Porto, a 12 Março 1867.
Com 24 anos de idade, entrou para a Escola do Exército, dando início a uma carreira militar, aparentemente mais imposta do que propriamente desejada.
Nas suas Memórias, Raul Brandão escreveu...
“Na Escola do Exército ensinavam, no meu tempo, coisas inúteis que me deram mais trabalho a esquecer que a aprender”
Na realidade, a carreira militar não se adequava à sua natureza pacífica e contemplativa, mas a vontade do pai e o desejo de sua mãe de o ver garbosamente uniformizado, prevaleceram.
No registo das provas que prestou em 1893, no Regimento de Infantaria nº 6 (no Porto), figuram as seguintes elucidativas classificações...
“Tiro: atirador de 2ª classe; ginástica: medíocre; esgrima: medíocre”
A verdade é que foi graças ao serviço militar que conheceu a sua futura mulher quando, em 1896, Raul Brandão foi colocado no Regimento de Infantaria nº 20, em Guimarães.
A sua paixão por Maria Angelina foi de tal maneira arrebatadora que no ano seguinte já estava casado.
Durante a sua vida, manteve duas carreiras paralelas – a de militar e a de jornalista –, mas foi como escritor que o seu nome ficou conhecido para a posteridade.
A sua carreira militar levou-o a Lisboa, até que em 1912, com 45 anos de idade, se reformou no posto de Major, dando início à fase mais profícua da sua actividade literária.
Foi na Casa do Alto, em Nespereira (Guimarães), que Raul Brandão conseguiu a inspiração necessária para escrever a maior parte da sua obra.
Em 1917, escreveu aquela que é considerada a sua obra-prima – "Húmus" –, dedicada ao seu amigo Columbano Bordallo Pinheiro.
Em 1923, escreveu “Os Pescadores”, que deveria ser o primeiro de quatro volumes de uma série a que pretendia dar o nome de "A História Humilde do Povo Português". Os outros três volumes, porém ("Os Lavradores", "Os Pastores", "Os Operários"), nunca chegaram a ser escritos.
Em 1926, escreveu “As ilhas desconhecidas”, obra que na altura deu uma enorme visibilidade ao arquipélago dos Açores.
Raul Brandão faleceu em 1930, com 63 anos de idade.
Em homenagem a este escritor, a Biblioteca Municipal de Guimarães tem o seu nome…
Fernão Rinada
(caricatura publicada nos blogues Humorgrafe e Memórias de Araduca)
Fontes de pesquisa:
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