Terça-feira, 23 de Maio de 2017
O rapaz do Bar...
Confortavelmente refastelado na 4ª fila da zona Euro da sala de espectáculos, e depois do filme ter terminado, visivelmente bem disposto, Pedro Martins gracejou em voz alta, enquanto se voltava para trás, na direcção do bar:

- Ó rapaz, tu desculpa lá o mau jeito. Eu sei que era aqui que tu querias...

Nem acabou o que ia dizer. O rapaz do bar tinha estado sentado ao balcão durante quase todo o filme, mas já não estava mais lá. Em boa verdade, já lá não estava há algum tempo. Depois de perder, pela enésima vez, mais um engate para alguém que tinha acabado de entrar, o dono do bar tinha perdido a paciência, e acabou por correr com ele do estabelecimento. É que já não havia mais pachorra para tanta aselhice. Estava farto de desperdiçar dinheiro nos copos do rapaz... e na limpeza da casa de banho.

O rapaz tinha sido corrido, mas já lá estava outro na sua vez. E este não perdia tanto tempo a conversar com raparigas. Não perdia tanto tempo, mas perdia-as de igual forma para qualquer marmanjo que acabasse de entrar no bar. A última que perdeu foi para um gabiru da zona de Tondela.

Moral da história: o dono do bar poupava nas bebidas, mas continuava a não poder dispensar a senhora que lavava as casas de banho...

 

José Rialto


publicado por Miguel Salazar às 00:20
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Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2017
O "déjà vu" de Jorge Simão...

20170129 Moreirense.png

Já tinha passado uma semana sobre o show de bola que os Conquistadores tinham dado no Sambódromo Municipal de Braga, mas a sensação voltava a ser a mesma.

Uma vez mais, Jorge Simão assistia sem poder fazer muita coisa. E uma vez mais resolveu ir para as bancadas. agora menos desertas, para melhor contemplar o espectáculo novamente proporcionado pelo seu adversário. As sensações de há uma semana repetiam-se, sem que pudesse fazer muito para as contrariar. Havia coisas diferentes, é certo, mas a sensação de impotência era a mesma. O recinto era esquisito - tinha 4 bancadas - coisa que toda a gente sabe que não pode acontecer num sambódromo que se preze, mas o show era o mesmo: o mesmo desfile, o mesmo espectáculo avassalador, a mesma desolação das bancadas, um outro adversário, sim, mas do mesmo concelho de Guimarães.

Jorge Simão estava mesmo a ter um déjà vu e, como tal, já não tinha quaisquer esperanças sobre o desfecho final daquele espectáculo. O pior de tudo é que mais do que perder 3 pontos, Jorge Simão acabara de perder uma taça. A mesma taça com que o carrasco Cauê já brincava agora...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 23:10
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Terça-feira, 24 de Janeiro de 2017
Show de bola no Sambódromo Municipal...

 

20170124 Show de Bola.png

O show de bola dos Conquistadores estava a ser tão espectacular, que os supostos adeptos marroquinos já não conseguiam mais suportá-lo. Roídos de inveja, debandaram das suas bancadas. Não fosse a presença massiva dos adeptos que tinham vindo da Cidade-Berço da Nacionalidade, e as bancadas do Sambódromo Municipal teriam sido devolvidas ao seu desolador aspecto habitual.

Quem aproveitou a acalmia da bancada agora deserta, foi Jorge Simão, que assim se posicionou para melhor poder contemplar o desfile dos nossos Conquistadores.

Jorge Simão sabia bem que não podia desperdiçar a ocasião - ocasião única de toda uma época. Afinal, não é todas as semanas que no Sambódromo Municipal de Braga se pode assistir a um espectáculo assim... tão grandioso... dentro e fora da parada dos desfiles...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 21:07
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Quarta-feira, 6 de Julho de 2016
Dulce e Ribas no Calçadão de Copacabana...

 

20160629 Dulce e Ribas 2.jpg

 

Ana Dulce Ferreira Félix nasceu em Guimarães, a 23 de Outubro de 1982. Iniciou-se no atletismo aos 12 anos, na Associação Cultural e Recreativa de Conde. Depois dos 17, passou pelo Vizela, pelo Sporting de Braga e pelo Maratona, até chegar ao Benfica em 2014.

Em pista e em 10.000m, Dulce foi Campeã Europeia em Helsínquia (2012) e Vice-Campeã em Amesterdão (2016). Foi Campeã Nacional dos 10.000m (2007) e bi-Campeã Nacional dos 5.000m (2010 e 2011),

Em pista coberta foi Campeã Nacional dos 1.500 e dos 3.000m (2010).

Em estrada, foi duas vezes Medalha de Ouro na Taça dos Clubes Campeões Europeus (2010 e 2011) e bi-Campeã Nacional de Estrada (2010 e 2011).

Em corta-mato, foi duas vezes vice-Campeã Europeia (2011 e 2012), duas vezes Medalha de Bronze em Europeus (2010 e 2013), e penta-Campeã Nacional (2010 a 2014).

Por equipas, foi bi-Campeã Europeia (2009 e 2010), e Medalha de Bronze no Mundial de 2009. Foi Medalha de Prata na Taça dos Clubes Campeões Europeus (2011), e é actualmente tetra-Campeã Nacional.

Dulce Félix foi Embaixadora da Cidade Europeia do Desporto, Guimarães’2013.

 

Ricardo Domingos Pires Ribas nasceu em Miranda do Douro, a 8 de Outubro de 1977. Iniciou a sua carreira de atletismo no Ginásio Clube de Bragança. Defendeu as cores do Maratona durante 9 temporadas, passou pela equipa da Skoda nos dois anos seguintes, e voltou para o Maratona para mais 3 épocas. Passou pela Conforlimpa e voltou ao Maratona para mais 2 temporadas. Em 2012/2013, assinou pelo Benfica.

Foi Campeão Nacional em pista, nos 5.000m (2002) e nos 10.000m (2012). Campeão Nacional de Corta-Mato (2005), 3 vezes Campeão Nacional de Corta-Mato curto (2006, 2013 e 2014), bi-Campeão Nacional de Corta-Mato longo (2013 e 2014), e bi-Campeão Nacional de estrada (2013 e 2014).

Foi Vice-Campeão Europeu de Corta-Mato por equipas (2006), 2 vezes medalha de bronze nos Campeonatos Europeus de Corta-Mato por equipas (2003 e 2007) e medalha de bronze nos Jogos da Lusofonia (2009).

Ricardo Ribas representou a Selecção Nacional em múltiplas ocasiões.

 

Dulce Félix e Ricardo Ribas vão representar Portugal na prova da Maratona das Olimpíadas do Rio de Janeiro’2016.

Ambos foram merecedores de uma homenagem pública, que teve lugar na 7ª Gala do Desporto de Guimarães...

 

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(caricatura oferecida aos atletas na 7ª Gala do Desporto, Guimarães 2016)



publicado por Miguel Salazar às 19:45
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Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016
Paulo Fonseca, o reinventor do futebol...

20160223 Paulo Fonseca.png

 

Paulo Fonseca é um técnico brilhante.
No jogo de Domingo contra o Vitória, desenhou um esquema táctico absolutamente inovador - o 2-4-3-3. E na baliza... 2 guarda-redes.
Beneficiando da vantagem de poder contar com 14 jogadores na equipa inicial, o treinador bracarense resolveu reforçar apenas o seu sector defensivo. Paulo Fonseca ainda poderia contar com João Capela (o 4º árbitro), mas parece que terá abdicado da sua utilização.
Deste modo, colocou os dois árbitros auxiliares atrás da sua defesa, atribuindo a Paulo Soares e a Pedro Felisberto o papel dos velhos líberos dos anos 70. Na baliza, o técnico Paulo Fonseca colocou o árbitro principal, como 2º guarda-redes, atrás de Marafona. Competia assim a Fábio Veríssimo colmatar as eventuais falhas de Marafona.
A verdade é que o esquema táctico de Paulo Fonseca desde muito cedo começou a dar os seus frutos.
Marafona não esteve nos seus melhores dias e por ele passaram 6 bolas ao todo, Não fosse Fábio Veríssimo a impedir que 3 deles se transformassem em golos, e o Sporting de Braga teria saído do Sambódromo vergado por uma derrota humilhante.
O jogo correu bem a Paulo Fonseca, mas apenas no plano técnico-táctico.
No plano pessoal, correu-lhe mesmo bastante mal, uma vez que acabou por levar com as 3 bolas que passaram pelos dois guarda-redes.
Só mesmo a violência desses 3 impactos na cabeça de Paulo Fonseca pode explicar os disparates que disse no final do jogo...

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 22:50
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Sábado, 20 de Fevereiro de 2016
ÚLTIMA HORA !...

 

20160220 Comunicado SAD.jpg



publicado por Miguel Salazar às 19:31
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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2016
Professor de História precisa-se... em Bracara Augusta...

Jean-Pierre "Astérix" Barrientos

(o cartoon representa Jean-Pierre Barrientos que resolveu alinhar na brincadeira dos bracarenses, fantasiando-se de Astérix para aviar um Gverreiro-Legionário, nos quartos-de-final da Taça de Portugal de 2012/2013, que acabaríamos por vencer)

 

O Sporting Clube de Braga foi fundado na 3ª década do século XX, mas só no século XXI acordou para o futebol.

Nasceram como filial do Sporting. Mudaram de emblema e de cores nos anos 40, assumindo a paixão que o seu então Presidente nutria pelo Arsenal de Londres. Desde essa altura, nunca mais deixaram de ser apaixonados pelo Benfica, embora mais recentemente tenham esboçado um fugaz derriço pelo FCPorto.

Depois de uma longa história de consecutivas e variadas paixões pelo sucesso alheio, resolveram mais recentemente criar a sua própria tradição e cultura. Foi assim que foram descobrir a sua origem romana a Bracara Augusta. Assumiram então essa origem e arranjaram até uma claque com um nome nela inspirado, embora sem conseguir resistir a baptizá-la com um nome anglo-saxónico, muito de acordo com a tal origem romana. Chamaram-lhe "Bracara Legion" e é composta não por Legionários como seria suposto, mas sim por "Gverreiros". Na semana passada organizaram a sua primeira Gala, para o que criaram, como troféus, uns capacetes dourados muito bonitos,... mas gregos. Quanto aos tais "Gverreiros do Minho", que deveriam ser Legionários mas que afinal são guerreiros, esses comportam-se demasiadas vezes como verdadeiros Vândalos.

Misturar Romanos com Gregos, Anglo-Saxónicos e até com Vândalos, só encontra mesmo par na profusão de nacionalidades que grassa no actual plantel do clube, pejado de Brasileiros, Russos, Franceses, Noruegueses, Angolanos, Belgas, Espanhóis, Montenegrinos, Nigerinos, Nigerianos, Guineenses, Sérvios, Egípcios, Senegaleses, Colombianos e Ganeses... (ufa !!!)...

Mas que enorme confusão histórica se está a fazer por estes dias em Bracara Augusta.

Dão-se alvíssaras a quem lhes arranjar um Professor de História. Se bem que duas dúzias de intérpretes também não haveriam de ser enjeitados...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 18:02
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2014
o Sambódromo...

Algures no enclave Marroquino do Lado-de-lá-da-Morreira...

Algures no enclave Marroquino do Lado-de-lá-da-Morreira...

 

 (este cartoon foi desenhado para o sítio da Associação Vitória Sempre)

 



publicado por Miguel Salazar às 17:00
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Domingo, 12 de Janeiro de 2014
Dar a outra face...

Fernando não aguentava mais ver tanto sofrimento. Não era a cara de Júlio que mais o preocupava, toda ela marcada com a mão de Tony, mas sim a mão direita de Tony que já estava vermelha de tanta estalada dar a Júlio. Incomodado com o sofrimento de Tony, Fernando disse então, autoritário...

Basta, Júlio! Já chega de estares sempre a dar a outra face. Não é por ti, sabes? Mas já viste como está a mão do Tony? Fazes favor pedes-lhe desculpa, imediatamente. Devias ter vergonha...

Júlio quase soluçava quando disse, cabisbaixo...

Desculpa, Tony. Mas a Bíblia diz que de cada vez que nos batem, nós devemos dar a outra face. E como tu está sempre a bater-me...

E Tony disse, condescendente...

– Deixa lá, Júlio. Mas podias facelitar-me a bida...

Júlio estava visivelmente arrependido...

– Pois... Desculpa se não me tenho posto mais a jeito para levar as chapadas...

Magnânime, respondeu-lhe Tony...

Bamos esquecer isso. Eu tamém num me teinho portado lá muito bem. Ultimamente num te teinho dado as chapadas no focinho cum a força qu'eu sei que tu gostas. É que a mom já me tá a doer com’ó  €@&@£#%, percebestes?

E, apesar de a sua consciência estar cada vez mais pesada, Júlio ainda se atreveu a fazer um último pedido...

Eu compreendo, Tony. Mas antes de fazermos as pazes, não te importas de me bater só mais uma vez? É que tenho aqui um bocadinho de cara onde ainda não levei chapada nenhuma, e eu sei que vou ter tantas saudades disto...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 20:44
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Segunda-feira, 27 de Maio de 2013
Carimbado em pleno Jamor...

Finalmente... o Passaporte dos nossos sonhos...

 



publicado por Miguel Salazar às 18:14
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Quarta-feira, 17 de Abril de 2013
A caminho do Jamor (6)...

Ele aí está !  O último carimbo no Passaporte, que nos permite o acesso ao Jamor...

 



publicado por Miguel Salazar às 23:41
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Domingo, 7 de Abril de 2013
Glórias Desportivas (7) - Dulce Félix ...
Ana Dulce Ferreira Félix nasceu em Guimarães, a 23 de Outubro de 1982.

Dulce Félix iniciou-se no atletismo aos 12 anos, na ACR de Conde. Depois dos 17, passou pelo Vizela e pelo Sporting de Braga, até chegar chegar ao Maratona, em 2011.

Em pista, Dulce foi Campeã Europeia dos 10.000m (2012), Campeã Nacional dos 10.000m (2007) e bi-Campeã Nacional dos 5.000m (2010 e 2011),

Em pista coberta foi Campeã Nacional dos 1.500 e dos 3.000m (2010).

Em estrada, foi duas vezes Medalha de Ouro na Taça dos Clubes Campeões Europeus (2010 e 2011) e bi-Campeã Nacional de Estrada (2010 e 2011).

Em corta-mato, foi duas vezes vice-Campeã Europeia (2011 e 2012), foi Medalha de Bronze no Europeu de 2010, e acaba de se sagrar tetra-Campeã Nacional.

Por equipas, foi bi-Campeã Europeia (2009 e 2010), e Medalha de Bronze no Mundial de 2009. Foi Medalha de Prata na Taça dos Clubes Campeões Europeus (2011), e é actualmente tetra-Campeã Nacional.

A caricatura refere-se à sua mais recente vitória (em Torres Vedras), que lhe permite ser tetra-Campeã Nacional de corta-mato (individual e por equipas).

Dulce Félix é Embaixadora da Cidade Europeia do Desporto, Guimarães’2013...

 

Fernão Rinada



publicado por Miguel Salazar às 20:13
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Quarta-feira, 27 de Março de 2013
A caminho do Jamor (5)...


E já vão 5 carimbos para obter o acesso ao Jamor. Fica a faltar apenas um...



(cartoon publicado no blogue Um Cantinho em Palmirês)



publicado por Miguel Salazar às 22:13
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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013
o Grão-Vizir do Enclave...

 

Há uma semana atrás, José Rialto conseguiu aquilo que muitos já tentaram mas muito poucos conseguiram - entrevistar o Grão-Vizir do enclave do Lado-de-lá-da-Morreira.

José Rialto – Salaam aleikum, Grão-Vizir Uç al-Bador.

Uç al-Bador Aleicom salame, p’ra boçê taumbém.

JR O seu nome não foi sempre este, pois não, senhor Grão-Vizir?

UaB – Nom. Efectibamente, aqui no inclabe nós temos esta tradiçom. Todos nascemos cristons e somos baptizados, mas depois conbertemo-nos aos mouros. Ieu, por exemplo, chamaba-me António Salbador, e agora sou Uç al-Bador…

JR – Mas, na verdade, o senhor é mais conhecido pelo “Iznogoud do Enclave do Lado-de-lá-da-Morreira”. Donde lhe vem essa alcunha?

UaB O Iznogoud da baunda-desenhada era Grom-Bizir como ieu…

JR – Pois, mas sabe que esse nome não é muito simpático. Vem do inglês “he’s no good”, que quer dizer que não é boa pessoa… que não presta.

UaB – Nom, num é por isso. Boçê está inganado. Entom as pessoas iam lá pensar uma coisa dessas de mim.

JR – Acha mesmo?... O Iznogoud também era conhecido por querer “ser Califa no lugar do Califa” e dizem que o senhor quer ser Papa no lugar do Papa…

UaB – Do Papa? Mas s’ieu nem sou cristom…

JR Não é desse “Papa”. Estou a falar do Papa Jorge Nuno…

UaB – Bem disse, rasgando um largo sorriso, isso já é outra conbersa. Como o graunde “troca-casacas” que sou, tenho uma “casaca” cum três cores. Por fora é bermelha e braunca, p´ra disfarçar, por dentro é só bermelha, e por baixo é azul e braunca… S’ieu bir a oportunidade, boto fora a “casaca”, fico d’azul e braunco e sento-me no trono do gaijo. Bou ser… o Papa Jorge Nuno II…

JR – Jorge Nuno II? Mas então não era António?

UaB – O quê, num me diga c’agora taumbém é PORIBIDO trocar o nome? Ouça lá bem o que le bou dizer. Ieu biro ou troco a minha casaca e troco de nome as bezes que m’apetecer.

JR  –  Mas isso não era dar uma facada nas costas de um amigo?

UaB – Se for preciso... E qu’é que boçê tem a ber cum isso? Ieu sou um indibíduo que num sou amigo de ninguém. Eles é que pensam que sim: o Papa, o al-Míldio Çilba taumbém pensaba… até os marroquinos cá do inclabe…

JR – Até os marroquinos???

UaB – Claro. Ou pensa boçê que s’o cadeirom do Papa bagasse lá no Puorto, ieu ia cuntinuar aqui cum estes morcões. S’inda eles fosse como os de Guimarães, até era bem capaz de ficar, agora cum esta caumbada…

JR – Mas então e os acordos que o senhor já tem assinados?

UaB – Acôrdos assinados, ieu? Cum'aquele dos bilhetes dá 2 anos c’os gaijos do Guimarães. Ó meu amigo, ouça bem o que le digo. Os acôrdos qu’ieu faço ficum escritos nas areias do deserto. Comigo, sempre foi assim e sempre assim será. Se for a buntade d’Alá c’os acôrdos sejam cumpridos, entom Ele há-de fazer cunqu'os bentos deixem d’assoprar no deserto e c’as chubas nunca mais boltem a cair. Só mesmo nesse dia é qu'alguém m'á-de ber a cumprir um acôrdo que tenha assinado...

JR - Mas voltando um pouco atrás, Grão-Vizir, o senhor tem uma verdadeira admiração pelos adeptos vitorianos, não tem?

UaB - Pois tenho. Era assim qu'ieu gostaba que fosse os daqui do inclabe, mas já que num cunsigo, eles taumbém num bom ficar-se a rir...

Bruscamente, virou-se gritando por Dilat Larat, o seu fiel homem de mão...

UaB - Dilaaaaaaaaaaat...

E, esfregando as mãos, disse com aquele seu ar maquiavélico...

UaB - Bem aqui qu'íeu tenho mais um trabalhinho par ti...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 23:05
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Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2013
Velhas Glórias Vitorianas (12) - Fredrik …

Sven Olof Fredrik Söderström nasceu em Ludvika (Suécia), a 30 de Janeiro de 1973.

Fredrik fez a sua formação no Östansbo.

Iniciou a sua carreira profissional no IK Brage, em 1992, clube cujas cores defendeu durante 4 épocas.

Em 1997/1998, foi contratado pelo Vitória. Durante as 4 temporadas que jogou de branco, Fredrik conheceu o período áureo da sua carreira, que não só lhe abriu as portas da selecção sueca, como também as do FC Porto, para onde se transferiu em 2001/2002.

Esta caricatura de Fredrik é referente à última época em que jogou pelo Vitória.

Durante a vigência do seu contrato com os portistas, foi emprestado consecutivamente ao Standard de Liège (Bélgica), ao Sporting de Braga e ao Estrela da Amadora.

Em 2005/2006 rumou a Espanha, assinando pelo Córdoba.

Passou pelo Lanzarote, e pôs um fim na sua carreira no ano de 2010, depois de ainda jogar 2 épocas pelos suecos do Hammarby.

Foi internacional sueco em 5 ocasiões.

 

O seu “alter ego“, aqui conhecido por “Fredrik Söderström”, é uma Velha Glória do blogue D. Afonso Henriques, desde 1 de Junho de 2007…

 

Fernão Rinada

 

(referências biográficas e fotográficas utilizadas: blogue Glórias do Passado, Wikipédia e livro "86 ANOS DE HISTÓRIA DO VITÓRIA SPORT CLUBE",  de Custódio Garcia)

(caricatura publicada no Dom Afonso Henriques)




publicado por Miguel Salazar às 20:13
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Sábado, 19 de Janeiro de 2013
Estes Romanos são loucos...

Por estes dias, os nossos vizinhos do enclave Marroquino têm mais uma fantasia, sendo esta particularmente curiosa: agora acham que são Romanos. Mas é uma fantasia que tem tanto de curiosa como de recente. E de tão recente que é, ainda não lhes permitiu aperceberem-se de que, naquele tempo, os soldados de Roma eram Legionários e não "Gverreiros", como eles parecem supor. Mas enfim, como a fantasia é deles…

E foi no delírio de mais uma fantasia que eles vieram a Guimarães.

Apesar de os Vimaranenses não apreciarem muito este tipo de palhaçadas, a verdade é que estamos quase no Carnaval e como bons anfitriões que sempre fomos, não poderíamos recusar-lhes essa fantasia tão pueril.

A bem da diplomacia internacional, foi com uma enorme condescendência que entramos nesta fantasia, fazendo a representação de uma aventura de Astérix e Obélix, com Júlio Mendes fantasiado de Abraracourcix (o Chefe da irredutível aldeia gaulesa), Rui Vitória de Panoramix (o Druída), Paulo Oliveira de Cétautomatix (o Ferreiro), Douglas de Obélix e Barrientos de Astérix.

Com o incentivo do Chefe da aldeia, a poção mágica do Druída, o volume de Obélix (que não deixava sequer muito espaço para as bolas poderem entrar), a argúcia de Astérix, a irredutibilidade de Cétautomatix e a abnegação e empenho de todos os restantes gauleses da aldeia, esta espécie de Romanos não teve a mais pequena hipótese, acabando por sucumbir tal como sempre acontecera nestas histórias escritas pelo saudoso René Goscinny.

Foi apenas mais uma aventura igual a tantas outras já vividas por estes irredutíveis gauleses, com os Romanos a serem derrotados e humilhados, vítimas da sua própria arrogância. Bem, igual igual, não foi, porque se tivesse sido, não poderia ficar para José Peseiro a interpretação do papel do bardo Assurancetourix, durante o banquete final. O que foi rigorosamente igual, foi o facto de ninguém querer mesmo ouvir aquilo que ele tinha para dizer. Tal como acontecia com o bardo, melhor teria feito José Peseiro, se tivesse ficado calado.

Menos bem terá corrido o regresso das hordas ao seu acampamento em terras do enclave. Eu deveria dizer "Legiões", é verdade, mas para isso era preciso que eles quisessem ser "Legionários". Como afirmam ser "Gverreiros"...

A aventura destes Marroquinos armados em Romanos, teve as suas particularidades, mas suponho que é mesmo assim.

Afinal, cada um manda na sua fantasia, não é verdade ?...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 22:41
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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013
A caminho do Jamor (4)...

Os passaportes de Vitória e Sporting de Braga, para acesso ao Jamor...



publicado por Miguel Salazar às 23:52
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Domingo, 13 de Janeiro de 2013
Dromedário em fuga...

Como habitualmente, o Miguel Salazar enviou-me mais um cartoon para que eu escrevesse o respectivo texto. Pena é que se tenha esquecido de explicar o seu sentido.

Especulemos então...

Trata-se claramente de um dromedário do enclave d'Além-Morreira, a avaliar pelos ferros que ostenta no quadril e na bossa, e ainda pela sua cara, que me parece tão familiar. Curiosas e enigmáticas são aquelas três ligaduras. Porque razão as tem? E quem o terá magoado?

Enquanto que a explicação não surgir, a nós resta-nos continuar a especular...

Será que as três ligaduras simbolizam a coça de 3 golos que ontem levaram do Manuel Machado, na Madeira, em jogo contra o Nacional?

Será que as três ligaduras simbolizam a monumental tareia de 3 golos com que foram despachados de Inglaterra pela segunda equipa dos nossos amigos de Manchester? Ou será que simbolizam a outra tareia, igualmente de 3 golos, que levaram dos "Diabos Vermelhos" em plena Pedreira?

Outra hipótese é que simbolizem a grandiosa coça, ainda de 3 golos, que em tão bom tempo levaram dos nossos companheiros romenos do Cluj.

Mas a verdade é que o significado poderá ser outro. As ligaduras podem simbolizar as dores d'alma dos marroquinos do enclave, pela sua própria realidade...

Não foram apenas 3, os pontos que foram capazes de trazer da Liga dos Campeões, de 18 possíveis?

Não são cerca de 3, as dezenas de milhar de sócios que os marroquinos conseguem meter na Pedreira, uma vez por ano... para apoiar o Benfica?

Não são pouco mais de 3, os milhares de adeptos que lá conseguem meter a cada quinze dias, para apoiar o seu próprio clube?

Não são também 3, as centenas que conseguem mobilizar para os jogos fora-do-enclave (quando têm transporte e bilhetes pagos, claro)?

Não são 3, as dezenas de sócios que acorrem às Assembleias Gerais do clube?

E não são também 3, os segundos que demoram para dar o dito por não dito, e faltar à palavra dada?

A última possibilidade que me ocorre é que se trate de uma visão do futuro, uma espécie de pas-déjá-vu.

É bem possível que seja uma imagem da debandada geral que irá ocorrer na próxima 4ª feira, logo a seguir à coça que vão levar no Dom Afonso Henriques, no jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal.

E nem irão estranhar assim tanto, pois o "três", para além de ser um número bem simpático e redondinho, é também um número com o qual estes marroquinos do enclave, pelas razões atrás expostas, já estão perfeitamente familiarizados...

 

José Rialto

 

NOTA FINAL:

Ficou intrigado com o lápis/borracha atrás da orelha do... coiso?

O lápis deve ser para poder assinar algum "Acordo de Cavalheiros" que possa surgir em qualquer altura.

Quanto à borracha, já todos sabemos... é para ser usada logo a seguir (3 segundos depois)...

 

(cartoon publicado no blogue Depois Falamos)



publicado por Miguel Salazar às 12:50
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Terça-feira, 1 de Janeiro de 2013
EXTRA ! EXTRA !...

São inquietantes as notícias que nos chegam do enclave marroquino d'Além-Morreira.

Depois de terem tentado, sem sucesso, aumentar significativamente o número de sócios do clube, através da Operação "O Conto do Vigário" (ver aqui), e de nem sequer terem conseguido mobilizá-los com entradas gratuitas e com o pagamento de passagens de comboio (ver aqui), eis que a SAD do clube marroquino surge agora com uma inédita (e porque não dizê-lo - brilhante) estratégia que, a ser bem sucedida, tornará o estádio da Câmara Municipal de Braga num autêntico inferno.

Atentemos pois ao comunicado que já corre nas ruas do enclave, com particular incidência nas zonas da Medina e do Souk...




publicado por Miguel Salazar às 18:39
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Última hora…

O ÁLB’oon teve conhecimento de que a Administração da Sporting de Braga, Filial SAD (Sociedade Anómala Desportiva) está reunida desde o início da manhã de hoje, para tentar arranjar finalmente uma solução para o problema da desertificação das bancadas do estádio da Câmara Municipal.

Logo que sejam conhecidas as decisões finais desta reunião de emergência, delas daremos conhecimento público…



publicado por Miguel Salazar às 12:42
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Domingo, 17 de Abril de 2011
São pérolas, Senhor !...

 

 

 

  

 

Reza a Lenda do Milagre das Pérolas que, em tempos há muito idos, vivia no enclave marroquino do Lado-de-lá-da-Morreira, um Grão-Vizir com o nome de al-Bador que estava perdido de amores pela mais bela de todas as mulheres berberes - Du-Harta -, uma jovem odalisca calva, com buço e mento de fazer inveja ao mais barbudo dos marroquinos.

Reza ainda a lenda que, tal como não há bela sem senão, também a bela Du-Harta tinha o seu "pequeno" defeito - sofria de verborreia, tinha incontinência verbal e era incapaz de avaliar a enormidade dos disparates que dizia.

Apesar do enorme sucesso que fora alcançado pelo seu exército na então recente campanha da Ucrânia, o Grão-Vizir Uç al-Bador vivia ainda assim muito triste, atormentado pelo "pequeno senão" da sua amada.

Tantas vezes lhe tinha tentado fazer ver a maneira como se expunha ao ridículo perante os inimigos do povo berbere, sempre que dizia aquele infindável chorrilho de asneiras; tantas vezes lhe explicara que o seu comportamento era indigno da amada de um Grão-Vizir, que causava embaraço à sua Casa, e cobria de vergonha o seu povo; tantas vezes já a proibira de continuar a dizer asneiras daquele modo tão desabrido, e no entanto ela sempre persistia neste seu "pequeno senão".

Vendo Uç al-Bador que as suas palavras caíam em saco roto, e não eram respeitadas pela sua amada odalisca, decidiu então interpelar a bela Du-Harta, no preciso momento em que, apesar de todos os avisos que já lhe haviam sido feitos, se preparava para repetir mais um punhado daquelas asneiras que tanto parecia gostar de dizer...

 

Dizeinde-me, bela Du-Harta, porque razom insistindes bós na atirage de tauntas bocas foleiras? Num bêdes c’assim estrobais o nosso pobo berbere de ser respeitado, p’ra que póssamos ser cada bez mais importauntes e temidos? Num bos pedi eu já tauntas bezes que num o façaindes, p’ra num imbergonhardes o nosso pobo? Porque insistindes bós, Sinhora minha, se eu já bos proibi tauntas bezes de aundar p'raí a dizer asneiras?

 

O milagre aconteceu precisamente nesta altura, em que a bela Du-Harta tinha sido intimada pelo Grão-Vizir Uç al-Bador a mostrar aquilo que trazia no seu regaço. As asneiras tinham-se transformado em pérolas, e Du-Harta respondeu assim…


– Mas, meu amado, aquilo que eu aqui trago para dizer, não são bocas nem asneiras. São apenas pérolas, Senhor… CERTO?...

 

Uç al-Bador, sem saber ao certo o que significavam aquelas pérolas, logo suplicou o perdão da bela Du-Harta, perante todo o povo berbere, fazendo públicas juras de nunca mais voltar a desconfiar de si.

E foi assim que a bela Du-Harta pôde continuar a dizer asneiras a seu bel-prazer, sem que o Grão-Vizir a voltasse a importunar, convencido que estava de que, sendo pérolas, jamais poderiam ser motivo de vergonha para o seu povo…

 

José Rialto

 

 

Algumas das asneiras da bela Du-Harta

 

 “o pénalti a favor do Sporting Clube de Braga é (…) conciso e é preciso

    em 29 Novembro 2010


 “esta semana é uma semânica fantástica

    em 29 Novembro 2010


 “nestas ocasiões (...) aproveita sempre para fazer um chorrilho de opiniões

    em 6 Dezembro 2010


 “isso era uma falsa mentira

    em 6 Dezembro 2010


 “têm de puxar o remar para o mesmo barco

    em 28 Março 2011

 

 

 E algumas das suas ainda mais afamadas pérolas...

 

 “quando se joga onze contra dez, a verdade desportiva desapareceu

    em 15 Novembro 2010

 

 “o Sporting Clube de Braga não é um FCPorto, não é uma equipa habituada, com estofo para uma Liga dos Campeões

    em 6 Dezembro 2010

 

 “é uma falta que eu não vi, mas que me parece mal marcada

    em 11 Abril 2011

 

NOTA: Segundo a tradição berbere, o Grão-Vizir Uç al-Bador seria um antepassado do actual Presidente do Sporting de Braga - António Salvador -, e a bela Du-Harta do comentador do programa "A Bola é Redonda" (Porto Canal) - António Duarte...




publicado por Miguel Salazar às 13:04
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Sexta-feira, 8 de Abril de 2011
Acordo de "Cavalheiros"...

Em Novembro de 2010...

 

 

... e, 5 meses depois, em Abril de 2011...

Explicação para estrangeiros: isto é apenas um cartoon (أنّ فقط واحدة رسم متحرّك)...

 

(cartoon publicado no Humorgrafe e apresentado no programa A Bola é Redonda, do Porto Canal)



publicado por Miguel Salazar às 17:46
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Quinta-feira, 30 de Dezembro de 2010
o Braga na WikiLeaks...

 

 

 

 

António Duarte é hoje em dia, um homem sobejamente mais conhecido do que aquilo que era há apenas alguns meses atrás.

A sua participação semanal no programa A Bola é Redonda, do Porto Canal, tirou-o do anonimato e tem-lhe vindo a dar a projecção mediática que ele nunca teve, e que provavelmente nunca pensou que um dia pudesse vir a ter.

Mas era inevitável que este facto, mais cedo ou mais tarde, acabasse por lhe vir a trazer alguns dissabores.

O estatuto alcançado por António Duarte, através desta “catapultage” do Porto Canal, transformou-o seguramente num dos alvos mais apetecidos do futebol português e quiçá europeu.

Terá sido provavelmente por isso que, nas mais recentes revelações trazidas a lume pela WikiLeaks, tenham surgido gravações de chamadas telefónicas entre António Duarte e um tal de António Salvador.

Curiosas, no mínimo...

 

(chamada nº 24.365, de António Salvador para António Duarte, 26 Dezembro 2009, duração de 2’43”)

António SalvadorTou, António Duarte?

António Duarte – Sim, quem fala?

AS – É Salbador, o Presideunte, pá. Ó Duarte, tou preocupado. Num beijo jeitos de fazermos uma aumentage no nosso númbaro de sócios…

AD – Olhe, ainda bem que me fala disso. Este fim-de-semana também estive a pensar profundamente no problema, e lembrei-me de uma maneira de fazer um acrescente à nossa massa associativa…

AS – Ai sim? E intom?

AD – No Sporting Clube Braga temos de ser sérios e afrontar os problemas…

AS – Ó Duarte, num bais começar outra bez com essa taunga, pois nom? Num tás na Bola Reduonda

AD – É pá, desculpe lá. É o hábito… Vamos lá a ver. Aqueles que se queriam inscrever voluntariamente, já são sócios há muito tempo, embora sejam poucos os que continuam a pagar as quotas. Ultimamente estávamos a angariar novos sócios nas escolas, sem custos para os miúdos, mas até esses já acabaram. Mesmo assim, não há maneira de passarmos dos dez ou doze mil… Foi então que pensei numa campanha com o nome de… O Conto do Vigário

ASCuonto do Bigário? Mas assim as pessouas inda bom peunsar qu’isto é uma graunde bigarice…

AD – Não. Que disparate. Vai chamar-se assim porque, como nós aqui em Braga somos altamente religiosos, a campanha há-de ser muito mais eficaz se for feita com um Vigário. Com um padre, está a perceber?

AS – Ah, bom, assim tá beim!...

AD – A campanha vai ser feita portanto por uma pessoa altamente disfarçada de Vigário, à porta da sede, onde vamos montar uma máquina fotográfica, camuflada. Assim como nos apanhados, está a perceber?

AS – Tou a ber. E depois?

AD – Então, quando aparecer um gajo mais distraído, o Vigário conta-lhe uma história de solidariedade e tal, com pessoas altamente necessitadas, e saca-lhe o nome completo e a morada, com o pretexto de lhe poder mandar mais informações pelo correio…

AS – E as pessouas inda bom nessa cumbersa da solidariedade?

AD – Vão, porque o Vigário vai dizer-lhes que os necessitados são do Benfica, está a perceber? E não há bracarense que resista a isso, não é verdade?

AS – Beim, se forem de Bila Berde, inda é pior, num é? Ah, ah, ah…

AD – (E depois eu é que penso que estou n’A Bola é Redonda)… Bem, continuando… Enquanto que o Vigário conta o seu conto, a máquina que está altamente dissimulada tira uma fotografia ao desgraçado e pronto, já está!

AS – Já tá???

AD – Sim! O Vigário agradece, e procura outro gajo, está a perceber?

AS – Nom! Num tou a ber como é qu’essa abordage nos arraunja outro sócio…

AD – Olhe, é muito fácil! Vamos lá a ver… a partir daqui, fazemos um cartão de sócio com a foto e o nome do desgraçado, dá-se-lhe um número par…

AS – Um númbaro par? Intom a numeraçom num é seguida?

AD – Não! Não pode ser, porque senão nunca mais conseguíamos ultrapassar o Vitória de Guimarães… E se por acaso alguém vier a descobrir isso, nós dizemos que somos altamente supersticiosos com os números ímpares e tal… Sei lá, depois inventa-se qualquer coisa. Mas continuando… Depois, enviamos o cartão para a morada, informando o “novo sócio” de que tem toda a liberdade para recusar o cartão. Se não quiser ser sócio, só tem mesmo de nos avisar… agora tem é de ser por escrito, em papel azul de vinte e cinco linhas, com assinatura presencial reconhecida por três Cartórios Notariais diferentes, e enviado para a nossa sede, em carta registada e com aviso de recepção.

AS – Parece-me munto bem. Simples e munto prático… E quanto tempo les bamos dar pr’a maundar o papel?

AD – Depois de metermos o cartão no correio? 24 horas… Se não recebermos nada… é porque aceitam ser sócios. O que é que lhe parece a ideia?

AS – Munto bem! Cum 24h, ninguém se puode queixar de falta de teumpo, num é berdade? eh, eh, eh... Tá munto bem. Ande cum isso pr’á freunte…

 

 

 

(chamada nº 132.419, de António Duarte para António Salvador, 26 Outubro 2010 duração de 31")

António Duarte – Estou, Salvador?

António Salvador – Sim. Diga lá depressa que me tá a estrobar, ó Duarte…

AD – É só para dizer que está a ser um sucesso, o nosso Conto do Vigário

AS – A sério? Intom, já chigamos aos 15 mil?...

AD – Mas quais 15 mil? Muito melhor do que isso. A coisa corre sobre rodas. 24.352! Já conseguimos ultrapassar o Vitória de Guimarães.

AS – Bocê é un’spectáculo! Bou já maundar pôr n’O Juogo d’amanhã.

AD – Ponha, ponha, que eu a seguir vou fazer um sucesso com essa capa do jornal, no programa A Bola é Redonda. E já agora, mande pôr 24.353, para disfarçar aquela coisa dos números pares, está a perceber?...

 

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 19:00
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Quarta-feira, 17 de Novembro de 2010
Primeira Página (9)...

O cartoon "Apit'ó comboio", com o Maranhão, desenhado a propósito da vitória sobre o Sporting de Braga, foi aproveitado pelo Desportivo de Guimarães para fazer a 1ª página da edição desta semana...



publicado por Miguel Salazar às 21:57
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Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010
Apit'ó comboio...

 

Não há volta !  Em Braga perdeu-se de vez a esperança...

A Direcção do Sporting de Braga aceitou finalmente a dura realidade de que os seus adeptos não são capazes de acompanhar a equipa em número aceitável, de modo a que pelo menos se possa dar por eles nas bancadas.

É preciso compreender também que apoiar duas equipas simultaneamente (Benfica e Sporting de Braga) não é economicamente fácil, nos dias que correm.

Assim desesperados, os dirigentes bracarenses acabaram por perder a timidez e decidir-se por "afrontar a realidade" (como diz um bracarense muito entendido "nestas matérias"), comprando 4.500 bilhetes ao Vitória para logo de seguida os oferecer aos "seus" adeptos (dinheiro fresco é assim). Em boa verdade, não são bem seus, pois não ?

Ofereceram bilhetes para assistir ao jogo, ofereceram comboios para os transportar, mas nem mesmo assim conseguiram a adesão esperada.

Coitados, bem vistas as coisas, já muito conseguiram eles...

Bem, aqueles que vieram (os que não foram para Lisboa ver o Benfica-Naval), vieram em quatro comboios, mas o único foguete que foi possível ver-se no Dom Afonso Henriques foi o de Maranhão, em viagem Expresso até ao fundo da baliza de Felipe.

Talvez por isso a música "Apit'ó comboio", tocada no final do jogo, tenha sido um tamanho sucesso...


José Rialto

 

(cartoon publicado no Depois Falamos e no Desportivo de Guimarães)



publicado por Miguel Salazar às 00:59
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Segunda-feira, 8 de Novembro de 2010
o "álb'oon" em destaque (29)...

O destaque, de que agora dou conta, foi feito ao meu último trabalho que hoje esteve em evidência no Porto Canal...


 

Obviamente através de Luís Cirilo (a quem eu, desde já, publicamente agradeço), o cartoon "A poeirada", foi apresentado durante a edição desta noite do programa "A Bola é Redonda", servindo de mote para o lançamento do jogo do próximo fim de semana entre o Vitória e o Sporting de Braga...



publicado por Miguel Salazar às 23:56
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Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010
A poeirada...

António Duarte tentava, pela enésima vez, convencer Luís Cirilo da incomparável grandeza do seu clube.

Para isso, e desta feita, tinha-o convidado para uma visita ao Municipal da Pedreira.

Durante a travessia do deserto de Marrocos (que envolve todo o estádio), António fez mais uma das suas longuíssimas e tão cansativas dissertações, desta vez sobre os motivos pelos quais estava “altamente” convencido de que o seu Braga era já um líder nacional em vários aspectos, nomeadamente em segurança e em propaganda.

Na altura em que entravam nas bancadas do estádio, dizia o inefável António...

 

António Duarte - É como te digo, Luís, o Sporting Clube de Braga tem uma gestão de to-po, do século XXI, como não há igual em Portugal.

Luís Cirilo - Ai sim?... (disse, condescendente)

AD - Nós temos de ser sérios e afrontar os problemas do futebol português, que está in-qui-na-do e altamente contaminado. A segurança é um deles, e o Sporting Clube de Braga desenvolveu um sistema al-ta-men-te ino-vador, sem par em Portugal, e julgo que também no resto do Mundo. O Sporting Clube de Braga tem uma assistência aos jogos que são já a inveja do próprio Vitória, com uma média de do-ze mil por jo-go

LC - Mas ,ó António,o Vitória tem assistências médias acima dos 15 mil…

AD - Pois… somos poucos, mas bons. Mas olha que é muito importante sermos menos de quinze mil porque só assim vamos conseguir metê-los a to-dos, nesta bancada…

LC - É como eu digo:fizeram uma bancada a mais!

AD - Mas aí é que está o nosso projecto al-ta-men-te re-vo-lu-cio-nário!

LC - (surpreendido)

AD - Vamos lá a ver. Portanto, ao libertarmos aquela bancada inteira para os adeptos adversários, separámo-los completamente dos nossos. Ficam afastados, uns dos outros, quase 100 metros. Isto, em termos de segurança, é bri-lhan-te.

LC - (cada vez mais surpreendido)

AD - E depois, a partir daí, é que entra a nossa propaganda, em que também vamos passar a ser lí-deres. Vamos poder mostrar que sempre que aquela bancada não encher, isso se deve apenas ao facto de o visitante não ter, nem de perto nem de longe, o apoio que tem o Sporting Clube de Braga. A comparação será evidente e es-ma-ga-dora. É só olhar para uma e para outra.

LC - Ó António,mas isso não é comparável. Do meu ponto de vista, é evidente que não é correcto comparar o acompanhamento dos adeptos a uma equipa em casa, ou fora…

AD - Claro que não, por isso é que é pro-pa-gan-da. Senão era “marketing”. De qualquer maneira, também vamos usar esse argumento, mas só quando jogarmos fora… E mais, para disfarçar as clareiras que mesmo assim vão ficar nesta bancada,…

LC - Pois é,porque a verdade é que vocês nem uma conseguem encher…

AD - … vamos plantar para aqui umas árvores…

LC - Cactos ,com certeza…

AD - Cactos???

LC - É evidente! Numa bancada deserta,o que é que querias plantar? Eucaliptos ,não?...

AD - Pois… E assim, esta bancada vai ficar com-ple-ta-men-te cheia. Pelo menos vai parecer! Vamos chamar a esta bancada o Oásis da Pedreira. É assim, Luís! O Sporting Clube de Braga, com estes “acrescentes” em segurança e propaganda, catapulta-se para a vanguarda do futebol português. Depois, é só encomendar mais umas notícias para publicar na capa d'O Jogo e eu mostrar no A Bola é Redonda...

 

E, passando de imediato ao contra-ataque…

 

AD - E o Vitória, o que é que faz? Vá lá, diz!

LC - Nesta matéria,importa dizê-lo,nós preferimos “plantar” sócios. Enchemos as bancadas através da venda de lugares anuais ,percebes? Assim ,o estádio fica realmente mais cheio ,e sempre se ganha mais uns dinheiritos. Não vamos é conseguir ganhar prémios da Quercus… Mas esses ficam para vocês ,para juntarem aos de arquitectura. Pena é que não tenham tantos prémios assim naquilo que mais importa…

AD - Somos os maiores, Luís!

LC - Sejamos claros,António. Com essa estratégia vocês estão mesmo é a atirar poeira para os olhos dos sócios.

AD - Não é poeira, Luís. É pro-pa-gan-da!... (disse, em tom imperial)

 

Abandonavam agora o estádio, e António dizia com um gesto largo, como se estivesse a ler numa placa…

 

AD - Já estou a imaginar - António Duarte, Vice-Presidente do Sporting Clube de Bragap'rá Propaganda.

 

Ao atravessar de novo o deserto de Marrocos, de regresso a Guimarães (e portanto à Civilização), António vinha cheio de si, tão convencido estava de que era realmente o “maior”.

António corria (única maneira que tinha para conseguir acompanhar a passada bem mais larga do seu amigo), mas não pôde deixar de olhar para trás para contemplar, por uma última vez, aquele que acreditava mesmo ser o mais belo estádio do mundo – o da Câmara Municipal de Braga.

Foi então que António viu a enorme nuvem de poeira que entretanto se levantava à passagem de Luís Cirilo. Nessa altura, António perguntou (tão orgulhosa como ingenuamente), tal como um dia, na fábula, a formiga também tinha perguntado ao elefante:

 

AD - Ó Luís, tu já viste bem a po-ei-ra-da que nós vamos a fazer?...

 

José Rialto

 

(cartoon publicado no Depois Falamos, no Dom Afonso Henriques e no programa televisivo "A Bola é Redonda", do Porto Canal)




publicado por Miguel Salazar às 18:41
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Sábado, 10 de Abril de 2010
The Joker (2)...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faltam-me palavras para descrever a inacreditável prestação de Artur Soares Dias no jogo do passado fim de semana com o Sporting de Braga. Faltam-me as palavras que parecem sobrar ao IMDb (Internet Movie Database), quando descreve a personagem de Joker, em Batman, the Dark Knight (no nosso caso foi mais "the dark night"):

 

“Parece ser o mais terrível, perturbado e psicótico de todos os seus inimigos (…) encara o crime como uma diversão, e não hesitará em brincar com as suas vítimas mesmo antes de as executar (…) ainda que possam ser os homens que ele próprio tenha contratado para o servir (…) usa roupa de cores berrantes, como o púrpura, o verde, e por vezes até o laranja (…) tem a face desfigurada e com aparência de palhaço (…) tradicionalmente, usa cabelo verde e lábios de um vermelho rutilante, conferindo-lhe um ar de palhaço psicótico (…) os seus métodos são imprevisíveis e inimagináveis (...) age de acordo com a sua mente distorcida, e não anseia por dinheiro (…) é frequentemente confrontado com as autoridades, mas rapidamente lhes consegue escapar através de processos ardilosos, fruto da sua mente distorcida (…) não consegue resistir ao protagonismo, procurando os holofotes dos média, para as suas representações mais dramáticas (…) na sua apresentação mais recente, surge como psicopata e criminoso demoníaco, uma espécie de Super-Homem de Nietzsche, desprovido de qualquer sentido de moralidade (…) qualquer humor que consiga demonstrar, será sempre sardónico e cruel...”

 

O que mais me intriga são as motivações destes Jokers que chafurdam a seu bel prazer neste pântano em que conseguiram transformar o futebol português. E dou comigo a pensar nos mais prováveis beneficiários de tudo isto.

Será o Benfica, que já distanciado deste seu surpreendente rival, se delicia com o cada vez mais provável afastamento do FCPorto da Liga dos Campeões?

Será o FCPorto, cego às consequências dos seus actos, e que em nome de um recente ódio passou a ter um prazer especial em ver o prejuízo do Vitória e que, em nome desse mesmo ódio, decidiu reforçar desmesuradamente um adversário que está agora na iminência de o afastar da Liga milionária?

Será o Sporting, que assim fica mais seguro de conseguir conservar o quarto lugar, que se transformou no maior objectivo desta época?

Será o Sporting de Braga, o mais óbvio mas menos provável, uma vez que não teve, pelo menos até esta época, o poder suficiente para fazer este tipo de jogo de bastidores, até hoje reservado aos estarolas (e ao Boavista)?

Ou será o tal "sentimento anti-Vitória", que parece crescer dia-a-dia, e que até já se propagou às modalidades amadoras?

Quais destas serão as motivações destes Jokers?

Serão todas elas, ou será apenas a conjugação de algumas?...

 

José Rialto

 

(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre e no Depois Falamos)



publicado por Miguel Salazar às 19:56
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Terça-feira, 10 de Novembro de 2009
"Le bombardier"...

À imagem daquilo que já tinha feito nos jogos com o Benfica e o Sporting, o Vitória teve mais uma vez, e agora frente ao Sporting de Braga, uma primeira parte absolutamente avassaladora. A frequência com que isto tem acontecido, nos jogos considerados mais difíceis, já deveria ter convencido os mui iluminados jornaleiros da nossa praça, de que tal não se deve nem ao acaso, nem a exibições menos conseguidas dos nossos adversários. Não, meus senhores, este futebol asfixiante tem APENAS a ver com o mérito da nossa estratégia, muito bem montada, e cuja "única" pecha tem sido o facto de não ser permanente, e de se esgotar muito antes do final de cada jogo.

Pois muito bem, desta feita e ao contrário do que tinha acontecido nas outras duas ocasiões, o Vitória conseguiu materializar esse enorme ascendente num fabuloso golo de Desmarets, a concluir um lançamento longo e magistral de Nuno Assis, que conseguiu colocar-lhe a bola jogável, permitindo ao nosso "bombardier" disparar uma autêntica bomba, de primeira, todo no ar e de ângulo já bastante fechado.

O guarda-redes do Sporting de Braga bem pode agradecer a Desmarets o cuidado que o francês teve em colocar o esférico fora do seu alcance. É que se Eduardo tem chegado àquela bola, ter-se-ia magoado com toda a certeza. Para além de todas as suas restantes virtudes, o nosso bombardeiro francês parece ser dono de um coração enorme...

                                                                           José Rialto

(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre e no Liga Whisky Cola)

 

Post scriptum

Este cartoon foi alterado. Alguém sabe qual foi essa alteração? Vale um caramelo...



publicado por Miguel Salazar às 00:35
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Segunda-feira, 1 de Setembro de 2008
Luís Filipe (esboço)...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luís Filipe, é um jogador que faz todo o lado direito, desde defesa até extremo.

Fez a sua formação na Académica de Coimbra, onde também começou a sua carreira profissional.

Passou por Atlético de Madrid (B), Sporting de Braga, Sporting, União de Leiria, Marítimo e Benfica, donde veio para Guimarães, por empréstimo, durante uma muito pouco conseguida época de 2008/2009.

Regressou ao Benfica no ano seguinte, onde cumpriu mais duas épocas.

Em 2011/2012, assinou pelo Olhanense...



publicado por Miguel Salazar às 19:30
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