Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009
Xeque-Mate !...

Antigamente, se num jogo de futebol os dois clubes em confronto não fossem da mesma Associação, então não poderia ser nomeado um árbitro que estivesse inscrito em qualquer uma dessas duas, tendo obrigatoriamente de pertencer a uma terceira Associação.

Entendia-se, naquela altura, que era uma maneira eficaz de manter a isenção da arbitragem e a credibilidade da modalidade.

Hoje, já não se pensa assim.

Hoje, “pensa-se” de maneira diversa. E a nova estratégia passa por quererem convencer-nos de que a credibilidade do futebol, da arbitragem, e da verdade desportiva, está bem acima das simpatias clubísticas de cada árbitro.

O descaramento chega ao ponto de nos quererem convencer de que essa credibilidade está acima até da inacreditável filiação clubística de alguns.

É esta a nova estratégia de quem “pensa” o futebol em Portugal.

Mas, nesta estratégia, aquilo que se perde em credibilidade, ganha-se em capacidade de manobra e de manipulação. E isso será, na perspectiva destes “pensadores”, um preço aceitável a pagar para que tudo seja como sempre foi.

A “quinta” do futebol português, que já foi de dois, e que só a distracção de alguns permitiu que seja agora de três, está superlotada. Não sobra espaço para mais ninguém. E para assegurar que tudo assim se mantenha, não há nada como aumentar essa capacidade de manobra.

Neste jogo com o Benfica foi necessária tanta capacidade de manobra que pouca credibilidade sobrou.

Mas, como sempre acontece, o mais importante foi assegurado: foram criadas todas as condições necessárias para que o Xeque-Mate pudesse ser dado... e até parecesse natural…

                                                                                                         José Rialto

 

(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre e no Depois Falamos)



publicado por Miguel Salazar às 00:52
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6 comentários:
De anónimo a 26 de Agosto de 2009 às 09:14
Belo cartoon, infelizmente muito verdadeiro.
Aliás, o próprio PP, jocosamente, já chegou a dizer que os jogos em Guimarães, às vezes lhe correm mal.

Eu por acaso acho, nomeadamente no pormenor das duas expulsões, que a culpa não é só do árbitro. A culpa é da liga, que não promove uma afinação inequívoca de critérios da arbitragem para que cada caso típico tenha a mesma interpretação seja qual for o jogo ou as equipas em confronto.
Há demasiada subjectividade, demasiada "opinião própria" nas decisões arbitrais.
Não pode ser.


Só um último pormenor artístico, que apenas revela o gosto pelo pormenor do MS: fantástico o cartão de sócio, com fotografia e tudo.
Gostei!


De Miguel Salazar a 26 de Agosto de 2009 às 17:14
Obrigado pelo seu comentário...
Concordo obviamente consigo na necessidade premente de uniformização de critérios entre os árbitros. Mas, antes disso, era fundamental que cada um também os uniformizasse para si mesmo, para que não se assistisse mais a esta clamorosa e inaceitável dualidade de critérios, como foi a de PP no jogo de Domingo...


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