Manuel Machado continua a ser o Rei das Cambalhotas. Depois de todas as reviravoltas que lhe garantiram este epíteto, eis que junta agora mais uma nova figura artística ao seu repertório – a cambalhota invertida. Esta nova cambalhota foi inicialmente testada, embora sem grande sucesso, com o Paços de Ferreira, e posteriormente foi já efectuada, em todo o seu esplendor, nos jogos com o Beira-Mar, Sporting de Braga e Naval 1º de Maio, em que acabamos por perder, depois de ter estado inicialmente (em todos eles) na frente do marcador. Instado a pronunciar-se sobre este novo salto acrobático, o treinador do Vitória explicou assim a razão de ser desta sua opção.
Manuel Machado – De alguma maneira, os indefectíveis apoiantes desta casa apresentavam já níveis demasiado altos de saturação, no que aos processos de salto acrobático de reversão de resultados desfavoráveis a esta agremiação desportiva dizem respeito.
José Rialto – Desculpe, Professor. Quer o senhor dizer que os sócios do Vitória já estavam fartos dos seus saltos mortais?
MM – Sim, de algum modo. E por esse motivo optamos pela introdução de princípios que levassem à execução de movimentos semelhantes, mas numa perspectiva que permitisse, de forma mais consubstanciada, a obtenção de um efeito inovador nestes saltos acrobáticos que viesse a revitalizar, de algum modo, o interesse e o ânimo da massa associativa desta casa. Foi nesta perspectiva que resolvemos proceder à revisão destes processos, atalhando o caminho da felicidade e da satisfação da massa associativa, com a introdução do salto mortal invertido, à retaguarda…
JR – Agora perdi-me um pouco. O Manuel Machado quer dizer que terá então substituído a cambalhota para a frente, pela cambalhota… para trás?
MM – Mas porque é que você está sempre a repetir o que eu digo? Acha que as pessoas não conseguem compreender-me?
JR – Não, não, Professor. Eu, às vezes, é que tenho alguma dificuldade em acompanhar o seu discurso.
MM – Você, de alguma maneira, parece-me ser mais um daqueles profissionais da Comunicação Social que vem para aqui com a camisola vestida…
JR – De maneira nenhuma, Professor. Eu tenho realmente algumas dificuldades… Mas voltando ao nosso tema: acha mesmo que os vitorianos serão mais felizes desta forma, levando em linha de conta que esta novo tipo de cambalhotas implica a perda dos jogos?
MM – Essa sua questão vem sublimar a problemática concernente à questão dos jogos-treino. Nós sentimos a necessidade de fazer, de alguma maneira, a contenção do esforço na dose certa, nestes jogos menos importantes que são os da Liga e da Taça da Liga. Apesar de termos consciência de que nesta casa a massa adepta não gosta de acrescentar derrotas ao seu historial, temos de dar continuidade àquela que consideramos ser, nesta época, a maior prioridade para esta agremiação desportiva que é o Vitória – a Liga do Futuro!
JR – A Liga do Futuro???
MM – Sim! Com base nos pressupostos em que assenta esta nossa nova estratégia, demos início a este plano de poupança, que já nos permitiu averbar um historial de sucesso, e que culminou na vitória histórica em Matosinhos, frente ao Leixões, na mais recente partida desta Liga do Futuro… Por vezes, é necessário saber dar dois passos atrás para depois se poder dar o passo em frente, rumo à conquista daquele que esta época é o maior desiderato desta colectividade - vencer a Liga do Futuro...
José Rialto
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