Alfredo Augusto Lopes Pimenta nasceu em Guimarães, no dia 3 de Dezembro do ano de 1882.
Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra.
Foi conservador do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e, a partir de 1931, Director do Arquivo Municipal de Guimarães. Foi sócio fundador do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, e da Academia Portuguesa da História.
Alfredo Pimenta foi um político activo e muito polémico. Inicialmente anarquista, foi depois republicano, e mais tarde monárquico convicto… e “doutrinador”.
Tornou-se um acérrimo defensor do salazarismo, do fascismo e do nazismo.
Apesar da sua relação muito próxima com Salazar, nunca Alfredo Pimenta perdeu o seu sentido crítico, o que fica bem demonstrado pelas frequentes críticas que tecia ao Estado Novo, extremamente incisivas e, por vezes, até violentas.
Foi um político teórico extremamente polémico, mas foi essencialmente um notável historiador. O seu trabalho mais importante foi desenvolvido na investigação da História do período Medieval.
Alfredo Pimenta era um apaixonado pela sua cidade. Escreveu assim, acerca da nossa terra…
“Quando o pequenino, liliputiano comboio chega ao Cavalinho, desdobra-se, quase de improviso, diante dos nossos olhos, em anfiteatro, a paisagem sintética de Guimarães, - a minha querida, a minha adorada terra. Lá em cima, enegrecido do Tempo e da Saudade, o Castelo, altaneiro, vigilante, sentinela robusta e leal, é a página do Passado heróico, combativo, audaz. Cá em baixo, perto de nós, chaminés fumegantes de fábricas ruidosas são a página do futuro progressivo, transformador, e misterioso. Espalhadas na paisagem citadina, rompendo do amontoado das casas, as torres das igrejas são a página da Fé eterna. E para a esquerda, aquela mancha acinzentada, e para a direita certo convento solitário, ou, melhor, para a esquerda, a Sociedade de Martins Sarmento, e para a direita o Convento da Costa são os indicativos das preocupações intelectuais da minha terra.”
Este ilustre vimaranense era também um poeta, tendo sido autor de dois livros de poesia.
Alfredo Pimenta faleceu em 1950.
Dois anos depois da sua morte, o Arquivo Municipal passou a designar-se Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em virtude da sua longa ligação a esta instituição, mas principalmente como reconhecimento pela sua notoriedade, enquanto historiador, político e poeta.
Foi afinal a homenagem que se impunha…
Fernão Rinada
(caricatura publicada nos blogues Humorgrafe e Memórias de Araduca)
Fontes de pesquisa:
ligações familiares
sou surda, e depois ? (sofia salazar)
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