Joaquim António dos Santos Simões nasceu em Penela, em 12 de Agosto de 1923.
Foi, durante toda a sua vida, um grande dinamizador cultural.
Por volta dos seus vinte anos, iniciou-se no teatro e no associativismo académico. Colaborou na reconstituição da Filarmónica de Espinhal.
Foi também nesta altura que iniciou a sua intervenção política, participando no movimento estudantil de então, e escrevendo no Diário de Coimbra sob o pseudónimo de Argos.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas e Engenharia Geográfica.
Foi Director, encenador, ensaiador e actor, no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra.
Em 1948, apoiou a candidatura do General Norton de Matos, à Presidência da República.
Aos 34 anos, Santos Simões veio para Guimarães, para leccionar Matemática.
Foi fundador e dinamizador do Círculo de Arte e Recreio, do Cineclube de Guimarães, do Teatro de Ensaio Raul Brandão, da Cercigui e do Infantário Nuno Simões.
A sua intervenção política de esquerda fez com que acabasse por ser preso, em 1968, pela PIDE. Desde então, e até ao 25 de Abril, não mais o Estado Novo lhe permitiu que voltasse a leccionar.
Foi candidato pelo CDE à Assembleia Nacional, pelo círculo de Braga.
Após a revolução, participou na fundação de um novo partido de esquerda – o MDP/CDE –, integrando os seus órgãos directivos nacionais. O seu nome chegou mesmo a ser proposto para Governador Civil e para a pasta de Ministro da Educação, mas António Spínola recusou-o pelo facto de ser comunista.
Escreveu livros de intervenção política, mas também escreveu algumas peças de teatro.
Integrou a Comissão instaladora da Universidade do Minho e, em 1986, foi nomeado para o seu Senado.
Foi Presidente da Sociedade Martins Sarmento (a partir de 1990), tendo sido responsável pela instalação do Museu de Cultura Castreja (em Briteiros) e pela concretização da Casa de Sarmento (Centro de Estudos do Património).
Joaquim António dos Santos Simões faleceu em 2004, alguns dias depois de o seu nome ter sido atribuído à Escola Secundária de Veiga.
Embora não fosse natural de Guimarães, muito a cidade ficou a dever a Santos Simões. O panorama cultural da nossa cidade seria bem diferente sem a sua intervenção.
E nenhum outro dia poderia ser mais apropriado do que o 25 de Abril, para evocar a memória deste ilustre vimaranense…
Fernão Rinada
(caricatura publicada nos blogues Depois Falamos, Humorgrafe e Memórias de Araduca)
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