José Maria Fernandes Marques nasceu em Guimarães, no dia 25 de Novembro de 1939.
O orgulho de ser vimaranense levou-o a adoptar o nome artístico de "José de Guimarães".
Formou-se em Engenharia, na Academia Militar.
Estudou pintura e desenho com Teresa de Sousa e Gil Teixeira Lopes, e frequentou o curso de gravura da SCGP.
Viajou pela Europa, e em 1967 o Exército colocou-o em Angola.
Durante os 7 anos que viveu em Angola, José de Guimarães estudou etnografia e arte negra.
José de Guimarães sofreu uma grande influência dos discursos e das práticas estéticas dos anos 60, como a Pop Art.
Marcado pela arte vernácula africana, mas potenciando-a numa dimensão simultaneamente erudita e ocidental, o artista adoptou uma subtil aliança entre o humor e o drama da vida humana, desdramatizando progressivamente as suas composições para assumir, nos "motivos-séries" (Reis, Os Amantes, O Pintor e o Modelo, O Circo, Os Desportos ou Paisagens Portuguesas) a matriz cultural da pintura europeia.
Após a sua passagem por Antuérpia (em 1976), a sua obra ganhou visibilidade internacional com a série de trabalhos em que homenageou Rubens (D’Après Rubens).
Em 1978, elaborou o Alfabeto de Símbolos, que estiveram na base de muitos dos seus trabalhos seguintes.
A obra de José de Guimarães inspirou-se na tendência essencialista do espiritualismo oriental, passando a incluir estereótipos formais de outras civilizações, como a Azteca e a Japonesa, cruzando-os sempre com o contexto artístico ocidental, desde a arte primitiva ao modernismo de Pablo Picasso.
Nos anos 90, José de Guimarães viu reconhecido finalmente o seu trabalho entre nós, após as retrospectivas da Casa de Serralves (Porto) e da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa).
A partir desta altura, recebeu uma série de convites para intervir em espaços públicos, em Portugal e no estrangeiro, que culminou na exposição apresentada em 2004, na Cordoaria Nacional (Lisboa).
A partir de 1960, participou em exposições individuais e colectivas, em Portugal, Espanha, França, Bélgica e Itália.
Foi o autor da escultura "Adamastor" (1999), encomendada para celebrar o Festival dos Oceanos, no Parque das Nações.
Foi distinguido duas vezes com a medalha de bronze do Prémio Europeu de Pintura da cidade de Ostende (1978 e 1980), com o Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian (1984) e com o 1º Prémio da 9ª Bienal de Artes Plásticas de Barcelona (1986).
José de Guimarães recebeu a medalha de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães (1989) e foi condecorado pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D.Henrique (1990).
Em 1994, o canal cultural de televisão ARTE, realizou um documentário da sua obra – “Je vis cette vie magnifique dans mon atelier”.
Realizou a sua primeira exposição individual, em Guimarães, na Galeria do Convívio, em 1964.
Depois de expor em todo o país (Lisboa, Porto, Coimbra, Amadora, Almansil e Açores), José de Guimarães levou o nome da sua cidade até Espanha ( La Rioja, Madrid e Barcelona), França (Paris e Rouen), Itália (Milão e Veneza), Bélgica (Antuérpia, Bruxelas, Ghent e Kruishoutem), Holanda (Amesterdão), Alemanha (Estugarda e Manheim), Suíça (Grenchen, Zurique e Basileia), Áustria (Salzburgo), Suécia (Estocolmo), Brasil (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo), Estados Unidos (Los Angeles e Chicago) e Japão (Tóquio).
As suas obras integram o espólio de todos os principais Museus de Arte Contemporânea em Portugal, e o de inúmeros museus e colecções públicas dos quatro cantos do Mundo, como são os casos de Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suíça, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Angola, Israel, Macau, Coreia do Sul e Japão.
A partir do passado dia 24 de Junho, o seu nome fica fisicamente gravado na cidade, com a inauguração do Centro Internacional das Artes José de Guimarães...
Fernão Rinada
Fontes de Pesquisa
Biografia no sítio do Instituto Camões Portugal
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