Entre os séculos XI e XIII, o Papado de Roma organizou nove Cruzadas, para resgatar Jerusalém aos Mouros. A Guerra Santa, como então ficou conhecida, foi bem sucedida logo na sua Primeira Cruzada, mas esse sucesso nunca mais haveria de se repetir, ao longo das restantes oito. A Segunda Cruzada constituiu-se como a primeira de todas essas derrotas, e a única vitória alcançada nesta altura, ocorreu em terras lusas. Dom Afonso Henriques contou com a ajuda dos Cruzados, que na altura se encaminhavam para Jerusalém, e assim conseguiu garantir a Reconquista de Lisboa, quando corria o ano de 1147.
Mais tarde (muito mais tarde), em 1922, haveriam de nascer aqueles que iriam dar lugar às Cruzadas da Era Moderna. Até 2016, os Conquistadores de Guimarães, legítimos descendentes do 1º Rei de Portugal, haveriam de lutar em seis Cruzadas, para a Conquista do Jamor.
Na Primeira e Segunda Cruzadas desta nova Era (em 1942 e 1963), os Conquistadores sucumbiram aos pés dos Mouros de Lisboa, mas não sem antes terem honrado o símbolo do Rei, que orgulhosamente traziam ao peito.
Em 1976, já na Terceira Cruzada (a única em que o objectivo não era o Jamor, mas sim o Porto), os Conquistadores foram vítimas da pérfida traição daquele maldito juíz cujo nome não deve voltar a ser pronunciado, e que ficará para sempre gravado como uma das maiores ignomínias da História do futebol luso.
As Quarta e Quinta Cruzadas aconteceram em 1988 e 2011, e trouxeram mais duas derrotas para os sempre orgulhosos descendentes do 1º Rei de Portugal.
Foi apenas em 2013, durante a Sexta Cruzada, que se conseguiu a maior vitória de todos os tempos, sobre os Mouros de Lisboa. Contra tudo e contra todos, os Conquistadores, apoiados por uma milícia de dezenas de milhar de Vitorianos, tomaram o Jamor de assalto, dizimando as forças inimigas. A vitória foi tão contundente que o próprio Sultão Mouro decidiu seduzir para o seu serviço, o General que o tinha derrotado. Por estes dias, e já em plena Sétima Cruzada, é contra este ex-General, agora armado Grão-Vizir, que os Conquistadores terão de lutar.
Hoje, chegados portanto à Sétima Cruzada da Era Moderna, o tempo é o da Reconquista do Jamor. 870 anos depois d' El-Rei Dom Afonso Henriques ter conseguido reconquistar Lisboa aos Mouros, é chegado o dia de fazermos jus ao nosso nome e reconquistarmos o Jamor.
A 28 de Maio de 2017, nós, os Conquistadores de Guimarães, legítimos descendentes do 1º Rei de Portugal, apoiados novamente pelas nossas indefectíveis milícias, iremos gravar a letras de ouro mais uma página da nossa gloriosa História.
A Reconquista do Jamor é o nosso objectivo,
e a Glória o nosso destino !...
José Rialto
O avô de Pepe Théoden, o Rei Théoden I, tinha estado possuído em tempos por Saruman, e assim permaneceu até ser resgatado desse mal por Gandalf. Pepe Théoden sofria também dessa doença, mas a sua possessão tinha contornos diferentes. Ao contrário de seu avô, que assim esteve durante muito tempo, Pepe Théoden ficava possuído apenas por escassos segundos, tempo esse que no entanto era o suficiente para aqui e acolá, o fazer perder a cabeça. O caso de Brunuálven, o Terrível, era semelhante ao de Pepe Théoden, mas numa forma ainda mais grave, pois esses períodos de possessão eram mais frequentes e muito mais intensos. Brunuálven herdara a doença directamente de seu pai. Afinal, era uma doença hereditária.
Fora desses mais ou menos breves momentos em que ficavam possuídos, um e outro eram cavaleiros literalmente inultrapassáveis. Lá do alto do seu "Bernabéu" (um cavalo de pura raça espanhola que parecia ter sido feito à imagem do Rei), Pepe Théoden era imperial na sua função de defesa do Reino. Imperial, sim. Por alguma razão tinha sido aclamado Pepe Théoden III, Senhor de Rohan...
José Rialto
Para o sucesso da missão da Irmandade da Taça, os Cavaleiros Rohirrim do Rei Pepe Theoden, tiveram um papel absolutamente fundamental.
De entre todos eles, houve um que se destacou pela bravura mostrada nas primeiras batalhas da saga - Vieirînyan, o Rohirrim de Vimaranis, cidade-berço do Reino de Rohan.
Montado na sua magnífica égua "Vitória", uma puro-sangue lusitano, Vieirînyan espalhou o terror no seio das hordas de Morgul...
José Rialto
"É pois de saber que este fidalgo, nos intervalos que tinha de ócio (que eram os mais do ano), se dava a ler livros de cavalaria, com tanta afeição e gosto, que se esqueceu quase de todo o exercício da caça, e até da administração dos seus bens (...) tanto naquelas leituras se enfrascou, que as noites se lhe passavam a ler desde o sol-posto até à alvorada, e os dias, desde o amanhecer até ao fim da tarde. E assim, do pouco dormir e do muito ler, se lhe secou o cérebro, de maneira que chegou a perder o juízo"
em D.Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra
Muito se tem discutido sobre as causas que levaram ao intrigante comportamento de Luís Filipe Vieira.
A teoria mais recente, defende a tese de que as causas que lhe estão subjacentes são muito mais antigas do que aquelas que foram explicadas num artigo anterior (ver Dom Quixote de la Mancha…).
Segundo esta nova teoria, a história de presidente do Benfica também é muito semelhante à de Dom Quixote, mas de um modo diferente. A Luís Filipe Vieira, aquilo que lhe terá tirado o pouco tino que ainda tinha, terão sido outras leituras que não as de livros de cavalaria. O que o terá feito perder de vez o seu já parco juízo terá sido a leitura compulsiva dos pasquins desportivos, míopes, subservientes e sabujos, que intoxicam a nossa praça. A isto, acrescerão ainda as longas e penosas horas de autêntica lavagem ao cérebro, perpetradas pelo canal do clube.
Em boa verdade, não seria fácil sobreviver com sanidade a tanta intoxicação, pelo que outra coisa não se poderia esperar que não fosse a mais completa perda de ligação à realidade…
Depois de anos seguidos a vender autêntica banha da cobra aos sócios, prometendo-lhes equipas de sonho, capazes de limpar campeonatos nacionais e de arrasar ligas dos campeões, iludindo-os com a ideia de que a nação benfiquista era quase maior do que a própria nação portuguesa, e de que o clube iria crescer rapidamente até uns inigualáveis 300 mil sócios (em 2006 !!!), este Cavaleiro das Figuras Tristes perdeu a noção da sua real dimensão e até da importância relativa do futebol.
Os delírios megalómanos desta cópia barata de Dom Quixote de la Mancha, já lhe permitiu arrogar-se ao direito de exigir audiências a Ministros, demissões de Secretários de Estado, retractações públicas de Presidentes de Comissões de Arbitragem, e execuções sumárias de todos os árbitros que ousarem não lhe prestar pública e notória vassalagem. Chegou ao cúmulo de instruir sócios e simpatizantes a não apoiar a equipa nos jogos fora do seu estádio !!!...
Mas muito pior do que todos estes delírios de grandeza, é a importância que lhe tem sido atribuída por instituições das quais se espera outra responsabilidade e isenção, e que têm a obrigação de se dar mais ao respeito.
É uma subserviência que se constata e, acima de tudo, se lamenta…
Ao contrário da versão original, esta cópia barata de Dom Quixote não se satisfaz em declarar guerra a moinhos de vento e a rebanhos de cabras.
Este Dom Quixote, cujo desatino faz o do cavaleiro original parecer apenas uma pequena excentricidade, é bem capaz de um dia declarar guerra ao Mundo, se este tiver a ousadia de se recusar a prostrar-se a seus pés…
Povos do Mundo inteiro, tende cuidado !
Dom Quixote de la Mancha – o intrépido Cavaleiro das Figuras Tristes – renasceu e está completamente fora de si…
José Rialto
(cartoon publicado no Depois Falamos)
No início do século XVII, o castelhano Miguel de Cervantes Saavedra escreveu aquela que é hoje considerada como sendo a sua obra mais emblemática, com o título original de El ingenioso hidalgo don Quixote de la Mancha.
Don Quijote de la Mancha, como se tornou mais célebre, era ainda conhecido pelo Cavaleiro da Triste Figura.
O protagonista desta história é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a sua sanidade mental depois de ter lido demasiados romances de cavalaria.
A partir de determinada altura, a sua insanidade acabou por o levar a convencer-se de que seria mesmo um dos heróis desses romances épicos de que tanto gostava.
Dom Quixote, tinha como seu fiel amigo e companheiro, Sancho Panza, que é definido por Miguel de Cervantes como sendo um “homem de bem, mas de pouco sal na moleirinha”.
Dom Quixote, sempre acompanhado pelo seu escudeiro, resolveu então partir à aventura, enfrentando inimigos que apenas existiam na sua imaginação perturbada.
Apesar de se tratar de meros moinhos de vento, Dom Quixote conseguia ver em cada um os seus rivais e inimigos, numa enorme e permanente alucinação.
Desde então, e até aos dias de hoje, muitas representações já foram feitas a partir da história de Dom Quixote e Sancho Pança.
As mais recentes, em Portugal, tiveram as suas estreias em Guimarães, no estádio Dom Afonso Henriques.
A primeira esteve a cargo de uma companhia de teatro de Lisboa, e teve como principais protagonistas dois artistas muito engraçados – Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus.
Neste último fim-de-semana, foi a vez de uma outra companhia (esta do Porto) apresentar nos principais papéis, Jorge Nuno Pinto da Costa e André Villas-Boas, o primeiro já há muito reconhecido como sendo um dos maiores talentos da “stand-up comedy” nacional, e o segundo que surge agora como uma enorme revelação – um verdadeiro talento emergente.
Uma característica comum a estes quatro artistas é o empenho e a dedicação que cada um tem posto nas suas representações. Uma outra, é a predilecção de todos pelo papel de Dom Quixote, o que tem feito com que se tenham revezado na interpretação do Cavaleiro da Triste Figura.
As apresentações das duas companhias de teatro foram de elevadíssima qualidade, o que não tem permitido que haja um verdadeiro consenso sobre qual das duas terá sido a melhor e mais bem conseguida.
Não há consenso sobre a melhor apresentação, nem tão pouco sobre o melhor artista.
Sendo a alucinação e o afastamento da realidade, a principal característica da personagem de Dom Quixote, não é possível apontar qual dos quatro tem sido o melhor actor, dada a excelência do desempenho de cada um.
O problema mais preocupante é que, em todos os casos, os artistas nunca mais conseguiram deixar de representar o papel de Dom Quixote, desde que o mesmo lhes coube em cena.
Aquilo que hoje mais se teme é que a experiência da interiorização da personagem tenha sido tão intensa que, tal como Dom Quixote, já não sejam capazes de distinguir mais aquilo que é a realidade daquilo que é apenas ficção…
E depois, no meio de todo este cenário quixotesco, continua impávido e sereno o nosso Manuel Machado que, ignorando os quatro Cavaleiros das Tristes Figuras, lá vai levando a água ao seu moinho...
José Rialto
post scriptum
Moinho que, sendo o nosso, cada vez assusta mais estes Cavaleiros das Tristes Figuras !
(cartoon publicado no Dom Afonso Henriques e no Depois Falamos)
contexto histórico
Realiza-se pela primeira vez, em Julho de 1980, no relvado do estádio Municipal de Fafe, uma prova de hipismo.
O jogador que segura a bola na mão, é o capitão de equipa da AD Fafe, o defesa Castro.
(cartoon publicado no Correio de Fafe)
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