Por estes dias, o Dragão de Nuno Espírito Santo mete tanta água, que já há quem o tome pelo monstro de Loch Ness...
José Rialto
Há qualquer coisa de fantástico a crescer todos os dias no seio do Vitória.
Vem esta constatação a propósito das recentes declarações, desassombradas e até um pouco temerárias, de Pedro Guerreiro, Presidente da Secção de Basquetebol do clube, ao assumir-se claramente como candidato a Campeão Nacional.
Não é um discurso novo. Já o conhecíamos há muito tempo da boca do seu treinador Fernando Sá. A novidade é agora ele vir da própria estrutura associativa. Claro que estamos a falar de um discurso e de uma postura que surgem de uma forma muito natural, como corolário de um processo de desenvolvimento de toda a secção. Germinou com muito trabalho, sério e honesto, nasceu com os primeiros grandes títulos nacionais, e cresce agora com a tomada de consciência da grandeza do clube, das suas potencialidades ímpares e com a assunção de um discurso arrojado, ambicioso e até um pouco arrogante. Esperemos agora que este estado espírito contagie as restantes modalidades do clube. Em boa verdade, a grande parte delas apenas lhes falta a tomada de consciência e a assunção das responsabilidades. Trabalho sério e grandes títulos já conquistados são coisas muito familiares a modalidades como o futebol, voleibol, futebol de praia, boxe, kickboxing, pólo aquático, natação e judo. As (poucas) modalidades restantes poderão ainda não ter grandes títulos conquistados, mas estou certo que o trabalho igualmente sério que desenvolvem diariamente, a eles as levarão muito em breve.
A mais recente conquista da Azeméis Basketball Cup assume uma particular importância por três motivos essenciais: porque é um título alcançado logo na primeira competição da temporada, porque é obtido à custa de um dos mais poderosos adversários da modalidade (uma equipa do FCPorto), mas principalmente porque surge logo após as declarações do Presidente da secção. Com esta vitória, a equipa provou estar à altura do repto lançado por Pedro Guerreiro, demonstrando claramente que a sua ambição não é menor que a do seu Presidente.
Dirão os mais cépticos que as declarações de Pedro Guerreiro poderão ter sido algo temerárias, mas a verdade é que nada de grande se conquista se a ambição subjacente não for ainda maior.
A época vai no início, é certo, mas os estragos já começaram a ser feitos. Para já, com Afonso à frente das suas tropas, foi o Dragão Azul quem dançou na ponta das lanças dos nossos Conquistadores…
José Rialto
E, tal como estava previsto, o Dragão veio mesmo ao Castelo tomar o seu banho solidário. Sim, que o Dragão não é bicho para enjeitar este tipo de desafios. Foi um banho em grande estilo. Só foi pena que não tenha tido tempo para nomear o banhista seguinte. Não é que não tenha tentado, mas quando o fez, apenas se ouviu...
- Glup... glup... glup... glup...
José Rialto
(ver o Desafio do Banho Solidário (1)...)
NOTA FINAL
Tackleberry era um dos personagens de uma comédia norte-america dos anos oitenta – a Academia de Polícia (Police Academy). O Cadete Tackleberry (ver aqui um dos seus vídeos) era um imbecil cujo sonho era poder andar sempre aos tiros, fosse qual fosse a situação. No passado Domingo lembrei-me de Tackleberry... Talvez seja uma associação um pouco injusta... para Tackleberry, claro, pois o filme em que ele entrava era uma comédia, e ainda assim não andava a dar tiros na cabeça de ninguém...
NOTA FINAL 2
A propósito da curiosa associação que descrevi na primeira Nota Final, resolvi acrescentar ainda o pequeno texto que se segue, para melhor complementar o cartoon...
Estava Afonso a celebrar o êxito do Banho Solidário do seu amigo Dragão, brandindo no ar o coto da sua espada partida, quando de repente emerge das águas serenas das terras D’El-Rei, o temível Tackleberry, lendário cadete da Academia de Polícia do Comandante Lassard (ver aqui um vídeo sobre este agente). Orgulhoso do exuberante equipamento bélico que lhe tinham dispensado, e principalmente da sua poderosa Magnum 44, Tackleberry espumava pelos cantos da boca, enquanto a testosterona lhe saía a rodos por ambos os olhos.
Na Academia de Polícia, o Tenente Harris tinha-lhe ensinado que não havia maior ameaça para a Ordem Pública e para a integridade física dos cidadãos, do que um indivíduo a festejar pacificamente, brandindo uma espada, ainda que ela pudesse estar partida pela sua base.
Ciente do seu desígnio, Tackleberry não hesitou em descarregar toda a testosterona acumulada no gatilho da Magnum 44, esvaziando assim de uma assentada só todo as balas do tambor da arma.
Felizmente para Afonso, o capacete salvou-o de males maiores, pois caso contrário poderia muito bem ter ficado como aquele jovem de 16 anos que ainda há poucos dias levou 4 tiros na cabeça, quando assistia pacificamente a um jogo de futebol em Guimarães…
José Rialto
Preparação quase perfeita da visita do FCPorto a Guimarães.
A Firma nunca facilitou em questões tão importantes, e os seus sócios já tinham identificados os dois principais obstáculos a eliminar.
A missão de resolver o "problema" Douglas coube ao sócio Figueiredo, que o arrumou em tempo record.
Abdoulaye seria também seguramente um duro obstáculo, mas para este a solução foi bem mais fácil, pois bastou ao sócio Costa impor os seus direitos de patrão.
Aparentemente, a Firma terá considerado que mais nenhum dos seus adversários mereceria um tratamento tão personalizado.
Ainda assim, o sócio Pereira jogou pelo seguro e nomeou um homem da sua total confiança para resolver qualquer eventualidade que possa surgir.
Curioso mesmo, só o facto de n' a Firma ninguém se ter preocupado com Maazou.
Estarão os sócios a perder qualidades, ou será que Sousa já tem um cartão vermelho escrito com o nome do nigerino ?
José Rialto
A Dança do Dragão surge nas celebrações tradicionais do Ano Novo Chinês, como sendo capaz de repelir os maus espíritos que, de outro modo, acabariam inevitavelmente por estragar o ano que então começa. Esta dança tem origens ancestrais, que remontam à Dinastia Han, a segunda dinastia Imperial da China (entre o séc.IIIaC e o séc.III).
Na Mitologia Oriental, o dragão representa o poder espiritual supremo, o poder celestial e o terreno, a sabedoria e a força. O dragão vive na água, traz aos homens a riqueza e a boa sorte, e usa a magia para socorrer os aflitos. Os chineses acreditam ainda que lhes providencia a chuva necessária às suas colheitas. O Dragão Chinês (“lung”) é um ser fantástico composto por Nove Entidades diferentes, que correspondem a diversas partes do corpo de vários animais: a cabeça é de um camelo, os olhos são de lebre (ou de demónio, noutras versões), os cornos de veado, as orelhas de touro (de boi ou de vaca), o pescoço é de serpente (ou de iguana) e as escamas são de carpa; as plantas das patas são de tigre, e as garras de águia (ou de falcão); a última entidade é normalmente considerada como sendo o ventre de sapo (ou de amêijoa, por não ter escamas), mas também há referências de que sejam os dentes de lobo. Das 117 escamas da carpa, 81 estão impregnadas de Yang (o Bem) e 36 de Yin (o Mal), reforçando a ideia de que os opostos coabitam no Dragão, mas em que a benevolência acaba sempre por prevalecer.
Na Dança do Dragão existem múltiplas coreografias que podem ser interpretadas por uma equipa com um número muito variável de intervenientes. Este número corresponde ao número de secções que compõem o dragão, que por sua vez varia com o seu comprimento total (habitualmente entre os 25 e os 35 metros, embora possa atingir os 70 e as 46 secções). De entre as coreografias mais conhecidas, sobressai a “em busca da pérola”. Nesta representação, o dragão persegue a “pérola”, que não é mais do que uma esfera colorida manipulada por um outro atleta. O simbolismo desta coreografia está associado à permanente busca da Sabedoria.
Neste cartoon do Sifu Paulo Araújo, o problema surgiu quando tive de decidir qual o símbolo a usar para representar a “pérola”. Confesso que a primeira ideia que me ocorreu foi a de usar o emblema do Vitória. Que melhor alternativa poderia existir para simbolizar a Sabedoria? Nenhuma, digo eu!
Mas a verdade é que receei bem que o Paulo, como reconhecido e inveterado dragão portista que é (vulgo: Andrade), não partilhasse da minha opinião e, no limite, ficasse desagradado com a ideia. E eu, que me considero um rapaz previdente, optei por não correr o risco de despertar o Dragão Chinês que há no Paulo.
Coisas de gente que está contente com a vida que leva...
Por outro lado, se usasse um símbolo do FCPorto, nunca ninguém seria capaz de estabelecer a ligação entre os dois (clube e Sabedoria).
E assim sendo, uma vez que não podia alterar o símbolo, outra opção não tive que não fosse a de alterar o object(iv)o da busca. E foi assim que, ao invés de procurar a Sabedoria, o Dragão Chinês surge agora em busca do Dragão Portista.
Coisas de Dragões...
Hoje em dia, Fernando Sá é seguramente o homem mais temido no covil do Dragão Azul.
Apesar de fragilizado por uma dupla traição, perpretada por indivíduos que não têm a mínima noção daquilo que é a honra ou a solidariedade, Fernando Sá tem sabido sempre procurar forças onde elas parecem já não existir, conseguindo encontrá-las inclusivamente no seio das suas próprias fraquezas. Fernando Sá é um homem incapaz de virar a cara à luta, nunca a dando por perdida. O seu discurso é sempre positivo, recusando-se, por uma vez que seja, a cair na tentação das lamentações ou das desculpas fáceis.
Dizem que esta sua força interior lhe pode advir do facto de ele próprio ter sangue de dragão. Bem poderá ser, mas a verdade é que não tem sido isso que o tem impedido de continuar a ser uma ameaça letal e permanente para os dragões.
No imaginário dos homens, existe um sem número de exemplos destes heróis extraordinários que conseguiram um dia vencer o dragão. São Jorge (na Lenda do Dragão e da Princesa), Sir Lancelot (na Lenda do Rei Artur), Sigurd (na Saga dos Volsungos), Thor (na Mitologia Nórdica), Apolo e Zeus (na Mitologia Grega), Baal, Marduk, Iskur e Indra (na Mitologia Oriental) ou Susanoo (na Mitologia Nipónica), todos eles conseguiram um dia vencer o seu dragão.
Conseguiram fazê-lo um dia, por uma única vez, e tornaram-se lendas...
E então, o que é que se poderá dizer de Fernando Sá, este nosso herói que de mitológico “apenas” tem a grandiosidade dos seus feitos, que é bem real e que tem sido capaz de o fazer repetidamente, derrotando o dragão tanto no seu próprio covil, como fora dele?
Independentemente daquilo que se possa dizer, e da justiça que se lhe possa fazer, a verdade é que por estes dias o cheiro a medo tresanda no covil do Dragão Azul.
É que nos próximos tempos, e pelo menos por três vezes, a besta terá de enfrentar o seu próprio destino às mãos de Fernando Sá.
Por estes dias, será escrita mais uma página desta nova Lenda do Caçador de Dragões...
Fernão Rinada
No fim do espectáculo, o Presidente sobe ao palco, resmungando sozinho...
Emílio Macedo – ... com aquele gajo não quero mais conversa.
Jaime Silva – Diga, senhor Presidente?…
EM – O vosso treinador, pá. Com ele não quero mais conversa. Estou farto de efectivamente tentar explicar-lhe que o Vitória é um clube no qual as pessoas querem fazer as pazes com o Porto e respeitar, portanto, os protocóis com o Benfica.
JS – Pois…
EM – E de que me vale, ó Jaime? No troféu António Pratas, efectivamente disse-lhe para tratar bem o dragão, e o gajo afinal… comeu-o! Depois, portanto na final, falei-lhe dos protocóis, disse-lhe para ter efectivamente cuidado com a águia, para não a comer, e o gajo vai… e depena-a. É pá, ó Jaime, assim como é que portanto um gajo se pode entender com ele?
JS – Mas, senhor Presi… (bruscamente interrompido por EM)
EM – É pá, já disse, portanto que com esse gajo não quero mais conversa.
JS – …
EM – Ó Jaime, mas agora estou efectivamente preocupado é com outra coisa. A vossa sessão de ilusionismo foi portanto um espectáculo...
Surpreendido com aquilo que acabava de ouvir, Jaime sussurrou "Era bom era, que tivesse sido ilusionismo".
E, entretanto, o Presidente continuava...
EM – ... Então aqui o Rod esteve mesmo em grande. Mas eu estou efectivamente preocupado, é com este dragão.
Rod Nealy – The beast is dead! Reeeaaaaally dead!...1
EM – O que é que este gajo está para aqui a dizer?
JS – Hã… pois… ele diz… hã... que sim, que foi um grande espectáculo de ilusionismo.
EM – Claro claro, de facto foi... É pá, estou efectivamente mesmo preocupado com o animal. Está assim com um ar portanto tão cansado, meio mortiço até…
RN – Yeah, we nailed the bastard, and we fuckin' killed it!...2
EM – O que é que ele disse?
JS – O Rod disse… que… concorda consigo… que o dragão está tão cansado, que até deixou o chão inundado com a transpiração…
EM – Estás a ver? Não sou só eu a achá-lo portanto cansado. Então de resto ele está bem, não é verdade? Só está mesmo cansado?
JS – S... sim...
RN – It was a fuckin’ slaughtery. Blood is all over the damned place…3
EM – Ó Jaime, e o suor dos dragões é efectivamente vermelho?
JS – Claro, Presidente… É uma característica deles…
EM – Ai sim? É pá, então já tenho uma porreira para contar ao meu amigo Luís Filipe…
José Rialto
Tradução das falas de Rod Nealy:
1 “A besta está morta ! Meeeeesmo morta!...”
2 “Apanhamos o filho da mãe, e matamo-lo!...”
3 “Foi uma autêntica chacina. Há sangue espalhado por todo o lado…”
(cartoon publicado no Fórum Basket Pt, no sítio da Associação Vitória Sempre e no Fórum Vitória Sempre)
Emílio Macedo- Então, Fernando? Tudo bem?
Fernando Sá- … Tudo, Presidente... Foi um grande jogo... uma grande vitória... sobre o FCPorto…
EM- Desculpa lá porque, efectivamente, não pude vir ao jogo.
FS - … Não tem mal... (disse, encolhendo os ombros) ... já estamos habituados…
EM - Ó Fernando, tu sabes o que é que, efectivamente, aconteceu à equipa do Porto?
FS - … Hã?...
EM - O Pinto da Costa telefonou-me, portanto, muito chateado a perguntar o que é que lhe tínhamos feito à equipa porque, efectivamente, eles ainda não tinham chegado ao Porto. Sabes o que lhe disse? Perguntei-lhe se estava com medo que os tivéssemos comido. (risos)
FS - … (embaraçado)
EM - Mas nós, efectivamente, não os comemos mesmo, pois não Fernando?
FS - ... Claro que não!... Quando eu disse… ”Até os comemos!”… estava a brincar…
EM - Ó Fernando, mas tu agoras falas com a boca cheia? O que é que estás a comer?
FS - … Eu?... É uma iguaria que o Nuno (Santos)… me aconselhou…
EM - Qual Nuno? O do Xico Andebol?
FS - … Hum… sim… o treinador deles…
EM - E que tal, é bom?
FS - … Sim… e não… tem um sabor esquisito… é agri-doce… ao mesmo tempo… sabe bem… e mal… mas é muito duro de roer…
EM - Está bem, está bem… Então, não preciso de ficar preocupado, pois não? Portanto, posso ligar ao Pinto da Costa a dizer-lhe que, efectivamente, está tudo bem? É que, efectivamente, o Vitória é um clube no qual não quer piorar as relações com o Porto.
FS - … Claro, Presidente… está tudo bem… esteja descansado…
EM - Então está bem! Olha, depois não te esqueças de lavares os dentes porque, efectivamente, tens aí um bocado de carne atravessada…
José Rialto
(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre e no Humorgrafe)
Ao fim de três jornadas do Campeonato Nacional, o agora chamado "Xico Andebol", é segundo, com duas vitórias e um único empate.
À sua frente, apenas segue o Belenenses...
Recém-chegado à divisão maior do andebol português, o "Xico" conseguiu este feito absolutamente notável, que foi o de fazer vergar os actuais Campeões Nacionais no seu próprio reduto, com um contundente 33-29.
Foi um triunfo fantástico alicerçado numa exibição fabulosa que convenceu toda a gente que a ela assistiu, incluindo o treinador adversário (ver no final do artigo).
Mas esta vitória assume dimensões ainda mais fantásticas quando se sabe que esta equipa do "Xico" tem uma média de idades de 20 anos (menos 7 do que a dos portistas) e a sua estrela maior (Rui Silva, o melhor marcador deste jogo, com 10 golos), tem apenas 16 !!!
Absolutamente fantástico!
Conseguiram matar a besta no seu próprio reduto...
“Parabéns ao Xico Andebol. Foi uma vitória justa. Jogaram de forma tranquila e segura e venceram bem. Estivemos muito nervosos e o Xico Andebol soube aproveitar isso. Estamos a construir uma equipa e os adeptos têm de ser pacientes. Vamos trabalhar para dar a volta por cima a esta situação”
Ljubomir Obradovic, treinador do FCPorto
(cartoon publicado na Guimarães TV e no Ambiente Turco)
Renascidos das próprias cinzas, tal como a Fénix da mitologia grega, jogador e clube preparam-se para enfrentar o temível dragão.
O ar sereno da nossa Fénix só poderá ser um bom augúrio...
(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre e no Jornal Vitória)
O resultado final foi FCPorto 0 - VitóriaSC 0.
Estão representados neste cartoon, da esquerda para a direita: José Maria Pedroto, Artur Jorge e Hermann Stessl...
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