Gaspar Roriz,
o padre-artista
O Padre Gaspar da Costa Roriz é uma das figuras incontornáveis das primeiras décadas do século XX em Guimarães. Nascido na rua de D. João I no dia 30 de Agosto de 1865, filho de um mestre barbeiro, nunca esqueceu a sua origem humilde nem deixou de amar a terra que o viu nascer. Sacerdote e eminente orador sagrado, era frequentemente requisitado para abrilhantar solenidades religiosas nos lugares mais diversos. Mas os seus dotes oratórios não se limitavam a actos sagrados, sendo senhor de uma verve prodigiosa com que animava todo o género de eventos, públicos ou privados. Foi jornalista (em 1899 era redactor principal do Eco de Guimarães; em 1908 fundou o Regenerador, de que era director e proprietário), professor do Liceu, poeta, dramaturgo, encenador, conferencista, político, comissário da Ordem Terceira de S. Francisco de Guimarães. Grande conversador, era presença imprescindível nas tertúlias do seu tempo, onde se destacava pela cultura, pela devoção patriótica à sua cidade e pela finura da sua ironia. Padre-artista lhe chamou um dia um colega de ofício.
Gaspar Roriz foi um dos grandes animadores das festas dos estudantes de Guimarães a S. Nicolau, desde o seu ressurgimento em 1895. Escreveu pregões, compôs e ensaiou os textos das danças, dedicou diversas composições poéticas às festas. Dedicou-lhes também o Auto da Saudade, que compôs em 1920. Não foi por acaso que foi a Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães, então dirigida por António Faria Martins, a tomar a iniciativa de comemorar o centenário do seu nascimento, em 1965.
O seu nome é também indissociável das festas Gualterianas, ou não fosse ele o autor da letra do Hino da Cidade de Guimarães, composto por Aníbal Vasco Leão para as festas de 1906, e o inventor da Marcha Gualteriana, que saiu à rua pela primeira vez nas festas de 1907.
Mas o que mais distinguia o Padre Roriz era a sua dedicação a Guimarães, a sua paixão pela terra natal. Por aqui, todos sabiam que a porta da sua casa nunca deixava de se franquear alegremente a quem a ela batia e dizia a senha: Por Guimarães!
A última grande cerimónia em que discursou em público foi aquando da celebração do oitavo centenário da Batalha de S. Mamede, em 1928. Nesse dia, quando soaram os clarins de um pelotão de cavalaria, vestidos como os soldados de Afonso Henriques, acompanhando o içar da bandeira na torre de menagem do castelo, e a multidão explodia em vivas e aplausos, pelo rosto do Padre Roriz corriam lágrimas de que A. L. de Carvalho foi testemunha.
A notícia da sua morte cobriu Guimarães de luto no dia 7 de Março de 1932.
António Amaro das Neves
(publicado na revista Mais Guimarães - pág.51)
Depois de ter sido Capital Europeia da Cultura em 2012, e Cidade Europeia do Desporto em 2013, Guimarães quer agora candidatar-se a ser Capital Verde Europeia em 2020. Para entrevistar o Director Executivo deste projecto, a TVI resolveu enviar a Guimarães uma das suas apresentadoras-substitutas, a mesma que uns dias antes resolvera ofender a nossa cidade...
a Substituta – Senhor Amadeu Portilha, não acha que tal como dizia o Eça, Guimarães está longe de ser uma cidade verde?
Amadeu Portilha – Bem, de facto nós temos consciência de que nessa matéria ainda temos uma longa caminhada a percorrer, mas também sabemos que Guimarães tem já uma imensa área verde, com belos jardins, parques da cidade, com...
a S, interrompendo AP – ... os relvados dos campos de futebol, os courts de ténis, que são quase todos de cor verde, e até com as paredes verdes do Pavilhão Multiusos. Eu sei porque conheço bem esta cidade lindíssima. Tenho cá muitos amigos.
AP – Bem, não era exactamente desse “verde” que eu...
a S, interrompendo-o novamente – Pois... isso também não vinha no guião, mas resolvi improvisar. E em relação ao rio Ave? Já o Eça dizia que cidade verde que se prezasse, deveria ter um rio de cor verde, tal como Amarante tem o rio Tâmega.
AP – Pois, a poluição do Ave é uma das nossas maiores preocupações...
a S, sempre interrompendo AP – E quanto aos transportes da cidade? Está certo que os autocarros são verdes, mas a parte de baixo dos táxis ainda é preta. Eu sei porque tenho muitos amigos camionistas e taxistas aqui em Guimarães.
AP, abismado – Não me parece que a cor da parte de baixo dos táxis seja o aspecto mais importante.
a S – Pois não. Importante mesmo é saber se os portugueses podem esperar que Guimarães consiga ser uma Capital Verde Europeia em 2020.
AP – Seguramente! Apesar de estarmos ainda no início de uma longa caminhada, não tenho dúvidas que...
Ignorando a resposta de AP, a S empinou o nariz – Quero fazer um esclarecimento. Apesar de a TVI me ter mandado vir pintar o castelo de verde, quero deixar bem claro que fui EU que decidi pintar a muralha em vez do castelo. Sim, porque eu sou uma mulher com muita personalidade. E da personalidade já o Eça dizia uma coisa muito a propósito e de que agora não me lembro. Eu sei porque o Eça de Queirós era meu amigo...
José Rialto
NOTA
Em virtude dos últimos desenvolvimentos relacionados com este caso, o texto sofreu algumas alterações em relação àquele que foi publicado na revista Mais Guimarães.
"Não, não sou português, sou mais do que isso, sou de Guimarães! Com efeito, sou de uma pátria pequenina e sólida chamada Guimarães (...) O resto, meus velhos amigos, é a fronteira de um outro mundo.”
Novais Teixeira
Joaquim Novais Teixeira nasceu em Guimarães, a 21 de Abril de 1899.
Foi literalmente um "homem dos sete ofícios": escritor, jornalista, activista político, crítico literário e cinéfilo, programador cultural, comentador de política internacional e administrador.
Emigrou para Espanha aos 20 anos, onde frequentou o meio literário e artístico, tendo-se relacionado com grandes vultos da cultura espanhola daquela época, como eram Unamuno, Garcia Llorca, Pio Baroja, Diez Canedo, Valle-Inclán ou Luís Buñuel. Colaborou com o Presidente Manuel Azaña, e chefiou o Serviço de Imprensa Espanhola. Viveu intensamente a Guerra Civil e os textos que então publicou, constituem um dos mais notáveis contributos para o conhecimento daquele período intenso e conturbado da História de Espanha. Depois da Guerra, refugiou-se em França, impedido que foi de regressar a Portugal pelo regime Salazarista.
A invasão da França pelas tropas alemãs, acabou por o conduzir ao exílio no Brasil, onde viria a dirigir a Interamericana, serviço que apoiava a causa dos Aliados. Colaborou na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, da qual foi seu Secretário-Geral. Dedicou-se à tradução, numa actividade muito intensa durante o ano de 1927, que teve particular ressonância na edição que preparou sobre as cartas do Padre António Vieira, em 1948.
Como jornalista, Novais Teixeira foi considerado um dos maiores especialistas mundiais sobre política internacional do seu tempo. Em França, foi o representante de jornais brasileiros prestigiados, como O Globo e O Estado da São Paulo. Ficaram famosas as suas reportagens na Itália e na Suíça, e os trabalhos que publicou sobre a questão franco-árabe com reportagens na Tunísia, na Argélia e em Marrocos.
Desde cedo ligado ao cinema, Novais Teixeira foi um dos mais respeitados críticos do seu tempo. Integrou os júris de prestigiados festivais internacionais de cinema, como eram os de Cannes, Locarno e Berlim, chegando mesmo a ser Presidente da Direcção da Fédération Internationale de la Presse Cinématographique. Em 1972, colaborou na organização do Festival de Cinema de Nice, que nesse ano foi dedicado ao então jovem cinema português. Em sua homenagem, o Syndicat Français de la Critique de Cinéma instituiu o Prémio Novais Teixeira, atribuído anualmente à melhor curta-metragem.
Em 1956, quando regressava a Guimarães, depois de décadas a viver no exílio, os amigos fizeram-lhe uma sentida homenagem. Durante esse jantar, realizado no Restaurante Jordão, Novais Teixeira agradeceu-lhes, num discurso que mostrava bem a maneira muito própria como sentia a sua condição de vimaranense:
“Guimarães tem sido sempre também uma das constantes da minha vida.
Em toda a parte me dou a conhecer como homem de Guimarães e, em toda a parte, me conhecem como tal.
Quando alguém me pergunta se sou português, é do meu hábito – e da minha verdade – responder:
‘Não, não sou português, sou mais do que isso, sou de Guimarães! Com efeito, sou de uma pátria pequenina e sólida chamada Guimarães (...) O resto, meus velhos amigos, é a fronteira de um outro mundo.’
No amor pelos homens, e na defesa dos seus direitos e dignidade, não reconheço fronteiras.
Mas a minha Pátria, a Pátria que me fez vibrar, a minha Pátria autêntica e forte é a Pátria da minha infância, é Guimarães!”
Joaquim Novais Teixeira morreu em Paris, em Dezembro de 1972.
40 anos mais tarde, a Capital Europeia da Cultura, Guimarães'2012, prestou a sua homenagem a Novais Teixeira, com a realização de um documentário de Margarida Gil, intitulado "O Fantasma do Novais", sobre o legado do crítico de cinema, "num cruzamento entre o passado e o presente, entre a realidade e a ficção". A CEC'2012, prestou-lhe ainda um outro tributo, com a realização de um concurso para os novos talentos portugueses. Com as "Curtas Novais Teixeira" foi possível "aumentar o património cinematográfico referente a Guimarães e incentivar o trabalho de novos realizadores, através do estímulo da visão crítica, ficcional ou política de uma cidade na Europa contemporânea".
Fernão Rinada
Fontes de pesquisa:
Raul Germano Brandão nasceu no Porto, a 12 Março 1867.
Com 24 anos de idade, entrou para a Escola do Exército, dando início a uma carreira militar, aparentemente mais imposta do que propriamente desejada.
Nas suas Memórias, Raul Brandão escreveu...
“Na Escola do Exército ensinavam, no meu tempo, coisas inúteis que me deram mais trabalho a esquecer que a aprender”
Na realidade, a carreira militar não se adequava à sua natureza pacífica e contemplativa, mas a vontade do pai e o desejo de sua mãe de o ver garbosamente uniformizado, prevaleceram.
No registo das provas que prestou em 1893, no Regimento de Infantaria nº 6 (no Porto), figuram as seguintes elucidativas classificações...
“Tiro: atirador de 2ª classe; ginástica: medíocre; esgrima: medíocre”
A verdade é que foi graças ao serviço militar que conheceu a sua futura mulher quando, em 1896, Raul Brandão foi colocado no Regimento de Infantaria nº 20, em Guimarães.
A sua paixão por Maria Angelina foi de tal maneira arrebatadora que no ano seguinte já estava casado.
Durante a sua vida, manteve duas carreiras paralelas – a de militar e a de jornalista –, mas foi como escritor que o seu nome ficou conhecido para a posteridade.
A sua carreira militar levou-o a Lisboa, até que em 1912, com 45 anos de idade, se reformou no posto de Major, dando início à fase mais profícua da sua actividade literária.
Foi na Casa do Alto, em Nespereira (Guimarães), que Raul Brandão conseguiu a inspiração necessária para escrever a maior parte da sua obra.
Em 1917, escreveu aquela que é considerada a sua obra-prima – "Húmus" –, dedicada ao seu amigo Columbano Bordallo Pinheiro.
Em 1923, escreveu “Os Pescadores”, que deveria ser o primeiro de quatro volumes de uma série a que pretendia dar o nome de "A História Humilde do Povo Português". Os outros três volumes, porém ("Os Lavradores", "Os Pastores", "Os Operários"), nunca chegaram a ser escritos.
Em 1926, escreveu “As ilhas desconhecidas”, obra que na altura deu uma enorme visibilidade ao arquipélago dos Açores.
Raul Brandão faleceu em 1930, com 63 anos de idade.
Em homenagem a este escritor, a Biblioteca Municipal de Guimarães tem o seu nome…
Fernão Rinada
(caricatura publicada nos blogues Humorgrafe e Memórias de Araduca)
Fontes de pesquisa:
(da esquerda para a direita: Ricardo Lopes, Ricardo Gonçalves, Ricardo Pimenta Machado e Carlos Ribeiro)
O Hora D é um programa do Canal Guimarães, sobre desporto.
O jornalista Ricardo Lopes é o moderador de um painel fixo de comentadores constituído por Ricardo Pimenta Machado, Ricardo Gonçalves e Carlos Ribeiro.
Não fosse este último e o Hora D mais pareceria um programa de Ricardos.
Mas não, não foi assim, e acredita-se mesmo que se tenha convidado um Carlos pelo simples facto de já não haverem mais Ricardos disponíveis, em Guimarães, para participar no programa.
Mas aquilo que realmente une este painel, muito para além da coincidência dos nomes, é uma outra característica bem mais importante que é a de serem todos grandes e ilustres vitorianos, particularmente no que se refere a Ricardo Pimenta Machado, não por ser mais ilustre do que os restantes, mas apenas pelo facto de ser muito maior do que eles.
Apesar de terem sensibilidades diferentes, no que diz respeito à apreciação do trabalho desenvolvido pela actual Direcção, este painel tem sabido manter elevado o nível da discussão da vida do clube, nunca permitindo que essa discussão se tornasse demasiado acalorada.
Ao invés, e noutras circunstâncias, já não foram capazes de impedir que a temperatura ambiente baixasse para níveis quase insuportáveis, no programa de 2 de Dezembro.
Não foram capazes, nem poderiam ser.
A verdade é que o orçamento do canal não deve dar para tudo, e talvez a produção tenha exagerado um pouco ao poupar no aquecimento do estúdio.
Não sei se esse programa teve alguma designação especial mas, a avaliar pelos agasalhos dos participantes, bem que lhe podiam ter chamado Hora D 'Inverno.
O frio era tanto que o Ricardo Gonçalves, rapaz que nestas coisas não anda a dormir, mandou dizer que estava muito cansado.
Em boa verdade, o programa mais parecia estar a ser feito em directo do pólo Norte.
Para isso, só faltaram mesmo as renas e o Pai Natal…
José Rialto
NOTA FINAL
Apesar de Ricardo Gonçalves não ter participado neste Hora D 'Inverno, resolvi incluí-lo no cartoon, pois não faria sentido desenhá-lo sem que o painel estivesse completo.
(cartoon publicado no Vimaranes e no sítio VIP-França)
António Duarte tentava, pela enésima vez, convencer Luís Cirilo da incomparável grandeza do seu clube.
Para isso, e desta feita, tinha-o convidado para uma visita ao Municipal da Pedreira.
Durante a travessia do deserto de Marrocos (que envolve todo o estádio), António fez mais uma das suas longuíssimas e tão cansativas dissertações, desta vez sobre os motivos pelos quais estava “altamente” convencido de que o seu Braga era já um líder nacional em vários aspectos, nomeadamente em segurança e em propaganda.
Na altura em que entravam nas bancadas do estádio, dizia o inefável António...
António Duarte - É como te digo, Luís, o Sporting Clube de Braga tem uma gestão de to-po, do século XXI, como não há igual em Portugal.
Luís Cirilo - Ai sim?... (disse, condescendente)
AD - Nós temos de ser sérios e afrontar os problemas do futebol português, que está in-qui-na-do e altamente contaminado. A segurança é um deles, e o Sporting Clube de Braga desenvolveu um sistema al-ta-men-te ino-vador, sem par em Portugal, e julgo que também no resto do Mundo. O Sporting Clube de Braga tem uma assistência aos jogos que são já a inveja do próprio Vitória, com uma média de do-ze mil por jo-go…
LC - Mas ,ó António,o Vitória tem assistências médias acima dos 15 mil…
AD - Pois… somos poucos, mas bons. Mas olha que é muito importante sermos menos de quinze mil porque só assim vamos conseguir metê-los a to-dos, nesta bancada…
LC - É como eu digo:fizeram uma bancada a mais!
AD - Mas aí é que está o nosso projecto al-ta-men-te re-vo-lu-cio-nário!
LC - …(surpreendido)
AD - Vamos lá a ver. Portanto, ao libertarmos aquela bancada inteira para os adeptos adversários, separámo-los completamente dos nossos. Ficam afastados, uns dos outros, quase 100 metros. Isto, em termos de segurança, é bri-lhan-te.
LC - …(cada vez mais surpreendido)
AD - E depois, a partir daí, é que entra a nossa propaganda, em que também vamos passar a ser lí-deres. Vamos poder mostrar que sempre que aquela bancada não encher, isso se deve apenas ao facto de o visitante não ter, nem de perto nem de longe, o apoio que tem o Sporting Clube de Braga. A comparação será evidente e es-ma-ga-dora. É só olhar para uma e para outra.
LC - Ó António,mas isso não é comparável. Do meu ponto de vista, é evidente que não é correcto comparar o acompanhamento dos adeptos a uma equipa em casa, ou fora…
AD - Claro que não, por isso é que é pro-pa-gan-da. Senão era “marketing”. De qualquer maneira, também vamos usar esse argumento, mas só quando jogarmos fora… E mais, para disfarçar as clareiras que mesmo assim vão ficar nesta bancada,…
LC - Pois é,porque a verdade é que vocês nem uma conseguem encher…
AD - … vamos plantar para aqui umas árvores…
LC - Cactos ,com certeza…
AD - Cactos???
LC - É evidente! Numa bancada deserta,o que é que querias plantar? Eucaliptos ,não?...
AD - Pois… E assim, esta bancada vai ficar com-ple-ta-men-te cheia. Pelo menos vai parecer! Vamos chamar a esta bancada o Oásis da Pedreira. É assim, Luís! O Sporting Clube de Braga, com estes “acrescentes” em segurança e propaganda, catapulta-se para a vanguarda do futebol português. Depois, é só encomendar mais umas notícias para publicar na capa d'O Jogo e eu mostrar no A Bola é Redonda...
E, passando de imediato ao contra-ataque…
AD - E o Vitória, o que é que faz? Vá lá, diz!
LC - Nesta matéria,importa dizê-lo,nós preferimos “plantar” sócios. Enchemos as bancadas através da venda de lugares anuais ,percebes? Assim ,o estádio fica realmente mais cheio ,e sempre se ganha mais uns dinheiritos. Não vamos é conseguir ganhar prémios da Quercus… Mas esses ficam para vocês ,para juntarem aos de arquitectura. Pena é que não tenham tantos prémios assim naquilo que mais importa…
AD - Somos os maiores, Luís!
LC - Sejamos claros,António. Com essa estratégia vocês estão mesmo é a atirar poeira para os olhos dos sócios.
AD - Não é poeira, Luís. É pro-pa-gan-da!... (disse, em tom imperial)
Abandonavam agora o estádio, e António dizia com um gesto largo, como se estivesse a ler numa placa…
AD - Já estou a imaginar - António Duarte, Vice-Presidente do Sporting Clube de Braga… p'rá Propaganda.
Ao atravessar de novo o deserto de Marrocos, de regresso a Guimarães (e portanto à Civilização), António vinha cheio de si, tão convencido estava de que era realmente o “maior”.
António corria (única maneira que tinha para conseguir acompanhar a passada bem mais larga do seu amigo), mas não pôde deixar de olhar para trás para contemplar, por uma última vez, aquele que acreditava mesmo ser o mais belo estádio do mundo – o da Câmara Municipal de Braga.
Foi então que António viu a enorme nuvem de poeira que entretanto se levantava à passagem de Luís Cirilo. Nessa altura, António perguntou (tão orgulhosa como ingenuamente), tal como um dia, na fábula, a formiga também tinha perguntado ao elefante:
AD - Ó Luís, tu já viste bem a po-ei-ra-da que nós vamos a fazer?...
José Rialto
(cartoon publicado no Depois Falamos, no Dom Afonso Henriques e no programa televisivo "A Bola é Redonda", do Porto Canal)
Rui Santos é, muito provavelmente, o paradigma máximo dos “jornalistas” desportivos portugueses.
(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre)
Esta caricatura foi desenhada na altura em que Maria Elisa se rendia ao populismo, e ao apelo... do vil metal.
Ao aceitar apresentar o concurso de televisão "Quem Quer Ser Milionário", Maria Elisa mostrava à saciedade que cedia às mesmas tentações de todos os seus colegas.
Num ápice se desmoronava uma imagem que demorara toda uma carreira a conseguir construir...
Margarida Marante é uma conhecida jornalista portuguesa, que já apresentou vários programas televisivos de actualidade política, principalmente sob a forma de entrevistas e debates...
(participei com a caricatura no VII Salão Nacional de Caricatura, em Oeiras; foi publicada no álbum do salão)
O ano de 1992 foi um ano de eleições para o Partido Socialista. Na proximidade temporal destas eleições, os três candidatos ao cargo de Secretário-Geral (Jorge Sampaio, António Guterres e Álvaro Beleza), participaram num programa da RTP, moderado pela jornalista Judite de Sousa. Aquilo a que todo o país pôde assistir foi um triste espectáculo de baixíssimo nível, entre Jorge Sampaio e António Guterres, que se degladiaram numa luta fratricida e sem quartel.
Um quadro tão degradante como este só se poderia mesmo imaginar no seio de uma família como a dos Simpsons.
Isto, se formos capazes de os imaginar em dia de Carnaval…
(participei com este cartoon no VI Salão Nacional de Caricatura, em Oeiras, e o desenho foi um dos escolhidos para ilustrar o álbum deste certame)
José António Saraiva, director do jornal Expresso, é o comentador de serviço do programa televisivo 1ª Página...
(cartoon publicado no jornal Toural e no Álbum do 5º Salão Nacional de Caricatura)
(participei, com este cartoon, no 5º Salão Nacional de Caricatura, que se realizou em Oeiras)
Agora, é a caricatura de um jornalista e locutor português da RTP, que não consigo identificar.
Alguém consegue?...
Jornalista e apresentadora de televisão.
Teve uma curta carreira como cantora, tendo a canção "Foram cardos, foram prosas" sido o seu maior êxito.
Chegou a ser Deputada da Assembleia da República, como independente, eleita pelas listas do Partido Popular...
Maria Elisa Domingues era o terceiro elemento do júri de A Prata da Casa...
Fernando Ribeiro de Mello, editor da Afrodite, era outro dos elementos do júri do concurso televisivo A Prata da Casa.
Ribeiro de Mello tinha, digamos assim, uma razoável opinião... de si próprio...
(caricatura publicada no blogue da Afrodite)
Tomás Branquinho da Fonseca era, juntamente com Maria Elisa Domingues e Ribeiro de Mello, o júri de um concurso familiar com muita audiência - A Prata da Casa...
Jornalista e apresentador de televisão, Luís Pereira de Sousa era também conhecido pela dúbia qualidade dos programas que apresentava...
O Professor Noronha Feio teve uma vida inteira ligada ao desporto.
Nascido em Angola, veio ainda muito jovem para a metrópole, onde se veio a licenciar em Educação Física.
Foi Director do INEF e Director-Geral dos Desportos.
Esteve ligado à RTP durante longos anos, participando em programas de cariz desportivo...
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