Quinta-feira, 28 de Maio de 2015
O (des)respeito pela opinião contrária...

pela Associação Vitória Sempre

 

O ÁLB'oon de Caricaturas e a Associação Vitória Sempre, iniciaram em Março de 2014 um projecto de colaboração que visava a publicação de cartoons no seu sítio oficial.

Depois de 14 meses de livre e frutuosa colaboração, fui ontem surpreendido por uma tomada de posição da Direcção desta associação, de recusa da publicação do cartoon "O respeito pela Opinião Contrária..." (ver aqui), alegando tratar-se "mais de um artigo "pessoal" que não estava relacionado com os cartoons relacionados com o Vitória como é hábito".

Esta tomada de posição por parte da Direcção da Associação Vitória Sempre, confirma infelizmente o essencial do próprio cartoon (e principalmente do texto que o acompanha), constituindo-se como uma limitação inaceitável da minha liberdade de expressão, e num acto de verdadeira censura que obviamente não é compatível com a prossecução desta colaboração, pelo que não me restaria outra solução que não fosse a de suspender de imediato a colaboração com esta associação..

ÁLB'oon de Caricaturas lamenta assim esta atitude da Direcção da Associação Vitória Sempre e comunica aos seus leitores que a parceria com esta associação chegou ontem ao seu fim.

Resta-me agradecer ao Dr Vasco Rodrigues o convite que me endereçou para iniciar esta colaboração, e ainda toda a disponibilidade que sempre mostrou ao longo destes 14 meses...

 

Miguel Salazar



publicado por Miguel Salazar às 19:23
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Domingo, 8 de Janeiro de 1978
É chegada a Hora da Verdade…

(este artigo foi publicado no dia 29 Março 2012)

(advertência ao leitor: este texto  não tem carácter humorístico)

 

Este sábado poderá muito bem ser o primeiro dia da construção de um Vitória maior, de um Vitória que concretize finalmente a eterna promessa que tem sido, há já quase 90 anos…

Mas para isso vamos ter de ser todos muito racionais.

Em primeiro lugar, temos de dar uma prova inequívoca da grandiosidade do nosso clube, ao acorrer massivamente às urnas.

Porque não é lícito que nos alheemos deste processo eleitoral.

Poderemos não estar de acordo com tudo aquilo que uma e outra lista diz e defende, mas a verdade é que não nos poderá ser indiferente que vençam uns ou outros, principalmente quando estão em causa dois projectos tão diferentes.

Eu, por exemplo, não concordo com tudo aquilo que defendem aqueles em quem eu vou votar, mas não me é indiferente quem vença estas eleições.

Porque a verdade é que se eu não fizer a minha escolha, alguém o fará por mim, seguramente.

Goste-se ou não se goste, no dia 31 serão eleitos aqueles que irão dirigir os nossos destinos nos próximos 3 anos, se eles existirem de todo, claro, porque também isso está em causa – a sobrevivência do nosso clube.

As dúvidas que se põem, no final, são duas…

- queremos ou não, participar nessa decisão?

- e o destino do nosso clube, continua a ser importante para nós (vós) ou passou a ser-nos (-vos) completamente indiferente?

E esta é a reflexão que julgo que todos nós devemos fazer, antes de equacionar sequer a hipótese de prescindir do direito que temos de escolher o nosso destino.

Eu não prescindo do meu direito de escolher !

"Quem escolher?" é que já é uma questão, esta sim, absolutamente discutível...

 

De um lado temos Manuel Pinto Brasil, alguém que se apresenta igual a si próprio, e igual àquilo que já era em 2010, com a agravante de agora se declarar incapaz de discutir o clube olhos nos olhos com o seu oponente, com a surrealista justificação de que não faria sentido discutir ideias antagónicas.

Para Pinto Brasil, parece ser muito mais "razoável" e interessante discutir-se… quando as ideias são iguais.

Será possível alguém acreditar que estes mesmo senhores da lista B, que agora temem o simples confronto de ideias entre pares, algum dia fossem capazes de enfrentar (e defender o nosso clube), nessa selva que é o nosso futebol, poderosos “lobbies” como são o dos jornalistas, o dos árbitros, e principalmente o dos “três estarolas”?

Será que realmente alguém acredita nisso?

E será que alguém se deixa embalar nesse canto de sereia que é o de Pinto Brasil, que conseguiu dar uma entrevista de mais de 40 minutos, sem dizer rigorosamente nada de palpável ou objectivo.

Apenas promessas de avales pessoais, e de milhões que hão-de aparecer… quando forem necessários.

Poucos dias antes da entrega das listas, Pinto Brasil ainda não tinha escolhido o seu homem forte para o futebol.

É bem verdade que até nem desgostei da entrevista de António Coelho à Rádio Santiago. Mas, apesar do evidente bom senso que demonstrou ter, deixou também ficar bem patente que o seu projecto está ainda muito verde.

E como poderia não estar, se teve tão pouco tempo para nele poder pensar?  

Eu fui um apoiante da lista de Pinto Brasil nas eleições de 2010.

A verdade é que fui apoiante da sua lista, não “por ele”, mas sim “apesar dele”.

O perfil de Pinto Brasil está (como já estava naquela altura) muito longe daquele que eu acredito que deveria ser o de um Presidente do Vitória.

O que a sua lista de então tinha de bom, eram muitas das pessoas que agora vamos encontrar na lista de Júlio Mendes.

Não obstante se fazer acompanhar por alguns vitorianos muito respeitáveis, a lista de Manuel Pinto Brasil perdeu todos aqueles que me levaram a apoiá-la em Março de 2010.

 

Mas também é verdade que há algumas coisas na lista de Júlio Mendes que me continuam a causar um enorme desconforto.

O meu principal desconforto está relacionado com a ligação de Júlio Mendes à anterior Direcção. O facto de os seus “pecados” serem mais de omissão do que propriamente de acção, apenas atenuam um pouco esse desconforto.

Reconheço também que continuo a não me sentir nada confortável com a ligação de alguns dos outros candidatos da lista A à anterior Direcção.

Da lista de Pinto Brasil, de 2010, acompanharam Luís Cirilo três vitorianos de grande valia, como são os casos de Hugo Freitas, Cristina Carvalho e Daniel Rodrigues.

Lamento apenas o facto de Luís Alves não ter sido incluído neste grupo.

Sem pretender desconsiderar o actual candidato a Vice-Presidente para a Área Financeira pela lista A, julgo que, com a opção de não incluir Luís Alves, se perdeu alguém extremamente válido, que seria certamente um trunfo fundamental para as dificuldades que nos esperam nestes tempos mais próximos.

Não sou um particular entusiasta das SAD, mas o problema é que, neste momento, não temos outra alternativa razoável. Graças ao estado calamitoso em que Emílio Macedo da Silva e os seus pares deixaram as finanças do nosso clube, não existe agora outra opção válida para assegurar a necessária e premente injecção de capital.

Já não é mais uma questão de se ser a favor ou contra a criação da SAD.

É apenas e tão só a questão da sobrevivência do clube.

Haverá algum vitoriano que acredite que haja algum investidor que esteja na disposição de injectar milhões num clube se depois não tiver qualquer tipo de controlo na sua gestão?

A verdade é que, no momento actual, não há mesmo alternativa válida à SAD.

E há ainda uma outra verdade, embora esta seja apenas minha – não obstante todas estas minhas reservas, eu continuo a acreditar no projecto de Luís Cirilo.

E acredito no projecto porque, apesar de Luís Cirilo ter retirado a sua candidatura pessoal, esse projecto mantém-se intacto na lista de Júlio Mendes, como o próprio fez questão de lhe garantir em tempo próprio.

As intervenções de Luís Cirilo, ao longo destas duas últimas semanas, foram sempre muito cristalinas, respondendo a todas as questões e procurando esclarecer todas as dúvidas, falando daquilo que é essencial, nunca se refugiando em respostas populistas.

Sem fugas para a frente ou para trás, falou sempre com a clarividência de quem sabe aquilo que pretende para o Vitória.

Uma clarividência que lhe advém de 40 anos de vida associativa e de vários anos a pensar no modo como ele próprio se poderia constituir como a solução para o clube.

Eu tenho as minhas reservas, é verdade, não concordo com tudo, mas continuo a acreditar que Luís Cirilo será capaz de levar o nosso clube a patamares nunca antes alcançados.

Sou seu apoiante desde o início e continuarei a ser.

Conheço bem as suas ideias, conheço as suas convicções, conheço a sua paixão pelo Vitória e conheço essencialmente o seu carácter.

Não tenho quaisquer dúvidas que, com ele, a nossa nau será levada a bom porto.

É por tudo isto que, e não obstante algumas reservas que ainda tenho...

...eu votarei na lista A !

 

Miguel Salazar



publicado por Miguel Salazar às 00:16
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No dia D, a Hora da Verdade...

(este artigo foi publicado no dia 27 Março 2012)

(advertência ao leitor: este texto  não tem carácter humorístico)

 

Emílio Macedo da Silva foi eleito como o 23º Presidente da Direcção do Vitória, em Março de 2007 e, apesar da sua gestão catastrófica, acabou por conseguir ser reeleito em 2010, com 2/3 dos votos.

Na recta final do seu primeiro mandato, EMdS conseguiu desperdiçar a oportunidade única que constituiu a nossa participação na última pré-eliminatória da Liga dos Campeões, com um dos clubes mais acessíveis que nos poderia ter calhado em sorte.

Criou inimizades com velhos amigos, “amizades” com velhos inimigos, e ainda arranjou tempo para aceitar, impávida e serenamente, todas as humilhações por que uns e outros nos quiseram fazer passar.

Não satisfeito com a obra (des)feita até então, EMdS logrou ainda, nos quase 2 anos deste seu segundo mandato, desbaratar as secções de voleibol e de basquetebol, que tantos títulos nacionais tinham arrecadado para o nosso clube, fazendo com que hoje em dia, as suas equipas se arrastem penosamente nos pavilhões, tolhidas que estão por inúmeros problemas, nomeadamente aqueles que são decorrentes dos incumprimentos salariais.

Em menos de 2 anos, EMdS e seus pares, conseguiram mergulhar na lama o nome do Vitória, com meses de salários em atraso, com incumprimentos ao fisco, à Segurança Social e a fornecedores, e ainda com o total desrespeito pelos negócios efectuados com outros clubes, na compra de jogadores que para nada, ou para muito pouco, têm servido.

Em menos de 2 anos, EMdS conseguiu, e apesar do encaixe extraordinário que resultou da venda do futebolista Bebé ao Manchester United, provocar um agravamento do passivo do clube em mais de 7 milhões de euros. Tudo somado, EMdS conseguiu desbaratar mais de 12 milhões de euros em menos de 2 anos.

O destino desse dinheiro é um dos enigmas mais intrigantes da actualidade do nosso clube.

EMdS foi exímio na defesa dos seus interesses pessoais, celebrando protocolos de contornos muito turvos, que ainda hoje são desconhecidos.

EMdS termina o seu reinado atolado na lama, de onde um dia há-de sair vergado pela vergonha, com a certeza de que terá sido certamente o maior erro de “casting” de sempre do clube, e de que terá sido autor das páginas mais negras da nossa história…

 

E depois de todo este descalabro, vem o candidato da lista B - Manuel Pinto Brasil - afirmar que afinal EMdS e seus pares até nem foram assim tão maus, e que o modelo da sua gestão é o mais apropriado para o Vitória (!!!).

O Vitória está perto do abismo, e MPB diz-nos que está tudo controlado.

Diz-nos que o dinheiro, quando for necessário, há-de aparecer, embora também reconheça que não faz ideia de qual seja a realidade das finanças do clube.

Na entrevista que deu à Rádio Santiago, disse-o e repetiu-o, pelo menos meia dúzia de vezes.

MPB exigiu ver as contas do clube, viu-as, acompanhado de quem bem entendeu, e agora diz que não sabe qual é a realidade do clube…

Já tínhamos visto as prestações de MPB, quando em debate, nas eleições de 2010.

Já tínhamos visto o seu comportamento nas Assembleias Gerais, insultando e vexando gratuitamente as pessoas de quem não gosta.

Vimos recentemente o modo como rapidamente se refugia no seu “bunker, quando teme o confronto ou se sente em inferioridade.

E vemos agora que afinal até subscreve algumas das coisas que de mais errado a anterior Direcção fez.

Tudo isto já vimos, e eu seguramente não quero ver mais.

 

Resta-nos Júlio Mendes, que esteve ligado à anterior Direcção, mas naquilo que de mais positivo ela teve, nomeadamente no trabalho desenvolvido na área do “marketing” – a da sua responsabilidade.

JM teve o engenho e a arte de conseguir recrutar os melhores elementos da anterior lista de MPB (a de 2010).

Com um projecto credível e com os pés bem assentes no chão, a lista A é hoje a nossa única esperança, para que o Vitória saia rapidamente do lamaçal onde EMdS nos lançou, e possa finalmente ser colocado no patamar que sempre foi nosso por direito, mas que na prática nunca antes tínhamos reclamado.

É com esta profunda convicção que, no próximo sábado, eu votarei na lista A

 

Fernão Rinada



publicado por Miguel Salazar às 00:15
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Pedido de desculpa…

(este artigo foi publicado no dia 23 Fevereiro 2012)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Quero apresentar as minhas mais sinceras e humildes desculpas a todos aqueles a quem eu, durante estes últimos meses, sempre garanti que Luís Cirilo não nos falharia, assegurando que, apesar de tudo aquilo que se dizia e especulava, na hora da verdade, ele não deixaria de se apresentar como candidato à Presidência do Vitória.

Afirmei-o porque era a minha mais firme e sincera convicção.

Induzi-vos em erro, mas era realmente a minha convicção.

Foi por isso que assinei duas petições para convocar uma AG extraordinária, com vista à demissão da Direcção do Vitória, seguro que estava de que o clube nunca cairia num vazio directivo (e LC não o permitiria certamente, se esse risco existisse).

Não ponho em causa a decisão de LC, ou as razões que o levaram a tomá-la.

LC é um vitoriano de corpo inteiro e se tomou a atitude que tomou, foi porque, na sua opinião, melhor alternativa não existia.

Apesar de tudo, continuo a acreditar no seu valor, na sua honestidade, e em todas as qualidades que fariam dele (na minha opinião) o melhor Presidente de sempre deste clube. E continuo também a acreditar que, como Vice-Presidente para a Área Desportiva, LC poderá (e conseguirá) cumprir muito daquilo que eu esperava da sua candidatura.

Não seria justo, nem honesto da minha parte, responsabilizar LC pelas minhas convicções. Essas eram minhas, e nunca ele me pediu que as expressasse publicamente.

Não é isso que está em causa, mas a verdade é que o tempo veio demonstrar que afinal... eu estava enganado.

Luís Cirilo retirou a sua candidatura e eu apresento, a todos aqueles que induzi em erro, as minhas mais sinceras desculpas...

 

Miguel Salazar

 



publicado por Miguel Salazar às 00:14
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A transparência turva da Direcção (2)…

(este artigo foi publicado no dia 3 Novembro 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

A segunda curiosidade relacionada com a minha intervenção na última AG, tem a ver com a interpelação que aí fiz ao seu Presidente – Dr João Cardoso.

A respeito do meu direito ao contraditório, tinha-lhe solicitado por escrito que se dignasse publicar a minha versão dos acontecimentos.

Nunca recebi uma resposta a essa minha solicitação, mas o DrJC alegou que a tinha dado.

Fiquei na altura surpreendido com a rapidez com que o DrJC o fez, mostrando-me de imediato o documento que alegadamente provava que a resposta me tinha sido dada em tempo útil. Por certo tinha sido previamente alertado (pelo Dr João Martins) da minha intenção de fazer essa interpelação. Afinal, eu tinha estado a conversar com o DrJM, a esse respeito, apenas algumas horas antes.

E até aqui, tudo bem.

Menos bem esteve o DrJC, na altura em que a ele me dirigi para me desculpar por aquilo que no momento me pareceu ter sido um erro meu. A altivez com que recebeu o meu pedido de desculpa e a deselegância com que literalmente me despachou para a sua Secretária, dizendo-me que deveria ser com ela que deveria esclarecer quaisquer dúvidas que ainda tivesse, só pode mesmo justificar-se (se é que o pode ser de todo) pela tensão decorrente das 6 horas que durou a AG.

Confesso que nunca fiquei completamente convencido de que aquela mensagem realmente me tinha sido enviada. O hábito que sempre tive de verificar todas as mensagens que recebo, antes de as apagar, incluindo mesmo aquelas que entram directamente para a pasta de “spam”, faziam-me estranhar a situação. Mas a verdade é que eu vi a impressão da mensagem que alegadamente me tinha sido enviada, e tudo parecia indicar que, de alguma maneira, o erro deveria ter sido meu.

Essa mensagem foi-me mesmo reencaminhada num dos dias seguintes, e parecia confirmá-lo.

Parecia, até ao momento em que me lembrei de verificar a data da mensagem original…

 

 

Na 3ª linha, pode ver-se a sua data, que surge surpreendentemente num formato ("Date: Mon, 18 Jul 2011") que não é carne nem é peixe.

Eu explico..

Se tivesse o formato inglês, a data deveria vir “Date: Mon, July 18, 2011”, como se pode constatar no exemplo seguinte.

 

 

Se o formato fosse o português, então a data deveria vir “Data: 18 de Julho de 2011”, como também se pode constatar neste outro exemplo a seguir.

 

 

Mas a verdade é que no tal “mail” que alegadamente me foi enviado, mas que eu nunca recebi, a data da mensagem original vem num formato misto, anglo-português por assim dizer.

Curioso, não é?

Os mais desconfiados quase poderiam ser levados a pensar que alguém tivesse alterado aquela data (apesar de um pouco desajeitadamente), de modo a convencer os sócios de que efectivamente a mensagem tinha mesmo sido enviada em tempo útil.

E desconfiança por desconfiança, esses mesmos desconfiados quase também poderiam ser levados a pensar que a tal mensagem, que alegadamente tinha sido enviada e que eu nunca recebi, afinal nunca o tivesse sido efectivamente.

Quase poderiam ser levados a pensar assim... mas não eu. Eu não acredito nisso.

Não acredito que alguém com tamanha responsabilidade fosse capaz de falsificar a data de uma mensagem, e de simular o seu envio, apenas para poder dizer publicamente, e com toda aquela altivez, que o meu comentário não passava de um enorme disparate.

Eu não acredito.

E vocês, acreditam?...



publicado por Miguel Salazar às 00:13
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O que é feito das Listas de Assinaturas?...

(este artigo foi publicado no dia 2 Novembro 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Um dos assuntos que há várias semanas mais me intriga, e que também mais me desilude, é a questão das listas que estão a ser recolhidas para convocar uma AGE que permita aos sócios ponderar e decidir sobre a destituição da actual Direcção.

E digo que me desilude porque assinei duas delas, e os promotores que me contactaram e que recolheram a minha assinatura, me asseguraram que acontecesse o que acontecesse, essas listas haveriam de ser entregues a quem de direito.

Confesso que acreditei piamente num e noutro.

A convicção que na altura senti nas palavras de cada um, dava-me a segurança de que neles poderia confiar, porque não haveriam de me falhar, a mim e aos restantes 118 subscritores.

A verdade é que estas listas deixaram de lhes pertencer a partir do momento em que iniciaram a recolha das assinaturas.
A única coisa que ganharam com essa recolha foi uma RESPONSABILIDADE acrescida, a responsabilidade de cumprir aquilo a que livremente se comprometeram com cada um de nós, no momento em que recolheram a nossa assinatura.
Com cada um de nós, os subscritores, esses promotores assumiram o compromisso de entregar a lista, para que se cumprisse o propósito de convocar a AGE.

Aquilo que gostaria de perguntar a cada um deles, é o seguinte...

 

Com que legitimidade é que ainda não entregaram a nossa lista, se assumiram esse COMPROMISSO com cada um de nós?

 

Com que legitimidade é que cada um de vocês critica a falta de palavra dos nossos Directores, se vocês próprios não cumprem aquilo a que livremente se comprometeram com cada um desses 120 sócios?


Haja coerência meus senhores.

Assumam as vossas responsabilidades e entreguem a lista, que é NOSSA, e que cada um de nós APENAS confiou à vossa guarda... 



publicado por Miguel Salazar às 00:12
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A transparência turva da Direcção (1)…

(este artigo foi publicado no dia 1 Novembro 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

A minha intervenção na AG da passada 6ª feira, revestiu-se de uma ou outra curiosidade.

Uma delas foi o facto de, apesar de ter sido eu um dos primeiros a entregar o cartão para usar da palavra nos 30 minutos finais, ter acabado por ser relegado para a posição de penúltimo orador.

O facto não teria qualquer relevância se fosse habitual não se respeitar a ordem de inscrição nestas intervenções, mas a verdade é que não é.

Estranho, diria eu...

E é ainda mais estranho se levarmos em linha de conta um outro facto que de seguida passo a explicar…

Horas antes da AG, desloquei-me à sede do Vitória para consultar a Acta da AG de 8 de Julho. Nessa altura, tive uma conversa informal com o Dr João Martins (advogado do clube) sobre vários assuntos que foram surgindo naturalmente. Durante essa conversa, dei-lhe conta da minha intenção de confrontar o sr Presidente da Direcção, na AG, com os vários testemunhos de técnicos e jogadores de voleibol, que confirmavam o episódio que tinha relatado na AG anterior. Apesar da tentativa do Dr João Martins em me dissuadir de o fazer (usando inclusivamente alguns argumentos que só numa perspectiva muito ingénua se poderia considerar como sendo apenas um “conselho de amigo”), a verdade é que a conversa terminou com o conhecimento de que realmente eu iria divulgar esses testemunhos no âmbito da AG.

A dúvida que hoje subsiste é se a relegação da minha intervenção para bem perto das 3 da manhã, constituiu apenas uma infeliz coincidência, ou se se tratou de uma atitude deliberada, com o intuito de reduzir o impacto que teria a confirmação do episódio do voleibol, através da divulgação dos depoimentos de quem o presenciou.

A verdade é que quanto mais tarde ela acontecesse, menos pessoas a ouviriam.

A cada minuto que passava, mais sócios abandonavam a sala.

Retardar a intervenção (se de facto houve essa intenção), reduzia a assistência e, assim sendo, minoravam-se os estragos que ela poderia produzir.

Fica obviamente a dúvida sobre a situação, mas o que fica bem claro mais uma vez, é que quem nos dirige navega em águas turvas.

Não respeitar a ordem de entrega dos cartões configura mais uma situação muito pouco clara, que legitima a especulação e que não contribui em nada para a credibilização de uma Direcção já de si tão fragilizada…



publicado por Miguel Salazar às 00:11
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Agarrado ao poder, eu ???...

(este artigo foi publicado no dia 29 Outubro 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Não foi bonito de se ver o ambiente que alguns sócios resolveram criar na Assembleia Geral de ontem.

Apupos, vaias e até insultos, não são a maneira mais correcta de tratar quem quer que seja, e muito menos o Presidente do Vitória.

Os sócios têm toda a legitimidade para mostrar o seu descontentamento, e até a sua indignação, mas há limites que se devem preservar, e que ontem foram largamente ultrapassados.

Apesar de todo esse ambiente hostil, que deverá seguramente merecer o público repúdio de todos, não deixou de ser surpreendente o modo como o sr Emílio Macedo da Silva se manteve impávido e sereno durante toda a Assembleia Geral.

E por isso, na altura me interroguei se Emílio Macedo da Silva seria a mesma pessoa que aqui há uns dias atrás afirmava não estar agarrado ao poder...



publicado por Miguel Salazar às 00:10
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Razões para uma destituição...

(este artigo foi publicado no dia 26 Outubro 2011)

advertência ao leitor:

este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico, embora algumas das hiperligações o tenham

 

Em 2007, quando Emílio Macedo da Silva surgiu no horizonte vitoriano, eram muito poucos aqueles que o conheciam, mas quase todos depositavam nele toda a sua esperança. Não porque EMdS tivesse algum curriculum vitae que pudesse apresentar, mas apenas porque as pessoas precisavam de acreditar que algo melhor estava para vir. No fundo, estamos hoje como estávamos naquela altura, à espera de alguém que nos venha salvar da situação a que nos levaram. A diferença é que em 2007 suspirávamos pela chegada de um qualquer "EMdS", e hoje suspiramos pela sua saída...

Um ano e meio de grandes feitos, seguidos de três anos do maior descalabro, conduziram-nos aos dias de hoje.

O meu descontentamento (e o do José Rialto) em relação ao actual Presidente, remonta há já 3 épocas atrás, quando numa infindável sucessão de erros (qualquer um deles fatal por si só), teve início o nosso calvário.

 

Primeiro, dois colossais erros estratégicos - Dar tiros no pé... (texto de José Rialto).

Depois, as mentiras sobre os reforços, em Pinocchio...

E, finalmente, a falta de transparência da Direcção, no cartoon Transparente...

 

As eleições vieram, e também a ilusão de muitos (embora não mais do que uma minoria), de que eram chegados os ventos da mudança.

Assumimos publicamente (eu e o José Rialto) a nossa posição, em mais dois artigos...

Coroa de glória ou de espinhos ?... (texto de José Rialto)

a Hora da Verdade... (texto de José Rialto)

Infelizmente para todos nós, os vitorianos decidiram-se pela continuidade...

 

Desde esta altura, em que apesar de todas as evidências (a maioria d') os vitorianos entenderam sufragar favoravelmente a gestão de EMdS e seus pares, até aos dias de hoje, foram-se acumulando mais uma enorme sucessão de erros, que foram sendo apontados aqui no ÁLB'oon...

Dão-se alvíssaras... ou talvez não... (texto de José Rialto)

Milos-de-corda... (texto de José Rialto)

Mimilu, Kikamilu e Iwamilu... (texto de José Rialto)

Será mesmo este o nosso destino ?...

E o nosso calvário continua...

O Milo vai nu !... (texto de José Rialto)

Vendilhões do Templo - o enredo... (texto de José Rialto)

 

Uma sucessão de erros que não poderia culminar de outro modo que não fosse no actual fracasso desportivo e financeiro.

Embora o cartoon e o texto não sejam directamente dirigidos a EMdS, ninguém terá dúvidas de que é muito grande a sua quota-parte de responsabilidade sobre esta verdadeira calamidade desportiva e financeira.

O Doutor "Distinta Latis Causa"... (texto de José Rialto), poderia muito bem ser EMdS...

 

Entretanto, tinha vindo a lume o lamentável episódio do voleibol. Dele dei conhecimento aos sócios na última AG, convidando EMdS a comentá-lo. Indignado com o meu relato, alegando que se tratava de uma infâmia, ameaçou-me com um Processo Judicial que jamais concretizou. Com os jornalistas proibidos de assistir à AG, e impedido que fui de dar a minha versão dos factos à televisão do clube e à imprensa local, EMdS pôde dizer-lhes aquilo que bem entendeu, sem ser confrontado com o meu contraditório. Esse direito que me deveria assistir, mas que me foi negado, acabou por ser exercido apenas na blogosfera vitoriana, no artigo d'o ÁLB'oon - O direito ao contraditório... -, e ainda em mais três blogues que se predispuseram a publicá-lo (D. Afonso Henriques, Depois Falamos e Vimaranes).

Devidamente autorizado para o efeito, publiquei então cinco dos depoimentos que me foram prestados por quem assistiu a esse triste e lamentável episódio...

Mentira, senhor Presidente ? (1)...

Mentira, senhor Presidente ? (2)...

Mentira, senhor Presidente ? (3)...

Mentira, senhor Presidente ? (4)...

Mentira, senhor Presidente ? (5)...

Estes depoimentos vieram demonstrar que o relato era mesmo verídico e que, assim sendo, então o Presidente teria afinal mentido aos sócios...

 

Em suma, são todas estas as razões que nos levaram a subscrever duas listas de assinaturas, com a legítima pretensão de referendar a destituição de uma Direcção que tem mostrado e demonstrado à saciedade a sua inacreditável incompetência.

Numa tentativa desesperada de descredibilização dos subscritores dessas listas, vem agora a Direcção dizer que nada mais do que apenas os resultados desportivos estão na base da indignação dos sócios.

Mas não, senhor Presidente, a nossa indignação é muito mais profunda do que isso.

Por mais que o repitam até à exaustão, já não serão mais capazes de continuar a iludir a massa associativa, farta que está de tanta incompetência, há demasiado tempo.

Há demasiado tempo... e por pouco mais tempo, esperamos nós...

 

Miguel Salazar e José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 00:09
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Nove dias depois... as boas notícias...

(este artigo foi publicado no dia 18 Julho 2011)

 

Depois de um período cinzentão em que infelizmente me vi obrigado a suspender o carácter humorístico deste blogue, tenho o prazer de anunciar que estamos de volta ao humor puro e duro.

Porque se há coisa que JAMAIS me conseguirão tirar, é o sentido de humor.

Caríssimos leitores d'o ÁLB'oon, o período cinzentão... acabou !...

 



publicado por Miguel Salazar às 00:08
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Mentira, senhor Presidente ? (5)...

(este artigo foi publicado no dia 17 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Com esta declaração, de mais um jogador que me pediu para manter o anonimato, encerro a apresentação de testemunhos que confirmam o lamentável episódio de 15 de Março de 2009.

Os restantes dois testemunhos, não serão apresentados por razões pessoais, que são do meu conhecimento, e que eu compreendo.

Por esse facto, espero que também os adeptos vitorianos compreendam que não os possa apresentar.

 

"Eu não lhe sei dar a certeza se isso foi na meia final da taça,mas realmente aconteceu o presidente (...) disse foi que tinha ido jantar com o presidente do slb e que realmente na época a seguir a essa eles iriam apostar forte na modalidade! A minha opinião e penso que da grande parte da equipa foi que realmente o presidente estava a falar com toda a seriedade do mundo mas como é obvio só posso dar a minha opinião!"

 



publicado por Miguel Salazar às 00:07
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Mentira, senhor Presidente ? (4)...

(este artigo foi publicado no dia 15 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Thiago Zambelli, mais conhecido por Thiago "Salsa", também jogava no Vitória na altura dos acontecimentos que relatei na Assembleia Geral.

Após ter mostrado a sua total disponibilidade para ver divulgado o seu testemunho, publico agora as suas palavras, que são dadas em relação à descrição do episódio, tal como ele me tinha sido contado inicialmente.

 

"sim este fato ocorreu mesmo e nao so eu como alguns outros da equipe ficaram com a impressao que era a mais pura verdade..nao sei na verdade qual foi a intencao dele em falar isso conosco...mais te passo a minha impressao foi que estava a falar a verdade,que realmente o clube nao saberia se teria categorias amadoras!foi uma das coisas que nos fez(brasileiros) ficar mais preocupados em relacao aos nossos salarios,ja que na epoca estavamos com se nao me falhe a memoria 3 meses em atraso! (...) Mais surgiu alguns comentarios sobre isso nos vestiarios...de alguns dizedno "entao vamos todos ao benfica"




publicado por Miguel Salazar às 00:06
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Mentira, senhor Presidente ? (3)...

(este artigo foi publicado no dia 15 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Desta vez, foi Fábio Jardel quem também aceitou tornar público o seu testemunho sobre a intervenção do senhor Presidente:

 

"Eu lembro sim dessa reunião e a reunião foi na sede do clube, num dia de video da equipa, e presidente entrou para nos dar boa sorte e falou sim arrespeito dos salarios atrazados e que logo seria resolvido ,pra mim foi resolvido logo depois, e falou mesmo que no benfica ia mesmo apostar firme e forte e que o vitoria estava com dificuldades , mais ele pra mim brincou ao falar que a gente poderia procurar emprego la no benfica ,ficou um pouco suspeito mais pra mim ele estava brincando."

 

Julgo que este depoimento será mesmo o mais esclarecedor de todos...

 



publicado por Miguel Salazar às 00:05
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Mentira, senhor Presidente ? (2)...

(este artigo foi publicado no dia 14 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Acabo de receber autorização de mais uma testemunha ocular, para publicar o seu testemunho sobre os acontecimentos.

Trata-se de um dos atletas que então integravam o plantel que, apesar de ter pedido para se manter no anonimato, também fez questão de me assegurar a sua disponibilidade total para o romper, e para prestar testemunho em Tribunal, caso seja necessário.

 

o que descreveu no e-mail foi verídico. Hora e meia antes dessa meia-final estivemos a ver a segunda parte do vídeo sobre o Benfica na actual sala de imprensa do complexo e devido aos 2 ou 3 meses de salários em atraso o Presidente veio falar ao grupo, e o teor da conversa foi mesmo essa. Ele a brincar não estava (…), mas que o disse, disse, e não foi recebido da melhor forma (…) foi resumidamente algo do género: isto aqui está difícil por causa da crise etc etc etc, mas falei com o Luís Filipe Vieira e ele disse que para o próximo ano vão apostar forte no voleibol

 

Sabe, senhor Presidente, nem toda a gente se atemoriza com ameaças de Processos Judiciais...



publicado por Miguel Salazar às 00:04
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Mentira, senhor Presidente ? (1)...

(este artigo foi publicado no dia 13 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente,  não tem carácter humorístico)

 

Na Assembleia Geral do Vitória do passado dia 8 de Julho, o Presidente da Direcção gritou bem alto a sua indignação pelo episódio que aí relatei.

Entendeu o senhor Emílio Macedo da Silva que essa indignação seria ainda mais credível se afirmasse que tudo não passava de uma infame mentira, e que seria absolutamente irrefutável se fosse coroada com uma ameaça de um processo judicial, dramatizada sob os holofotes da VitóriaTV e da GuimarãesDigital.

A mim, resta-me sussurrar as minhas alegações no recato do meu blogue, com uma modesta média de 55 visitas diárias.

Aquilo que eu aqui agora vou reproduzir é o comentário de Paulo Araújo, Mestre de Artes Marciais, e na altura Assessor Técnico do então treinador, Prof Rogério de Paula.

Convidado a comentar a veracidade do episódio que relatei aos sócios na última AG, as suas palavras têm tanto de lacónicas como de elucidativas...

 

"o único (comentário a fazer) é que não se passou  no balneário, mas sim na sala onde se visualizavam os vídeos na sede do VSC"


E ele sabe bem daquilo que fala porque afinal, Paulo Araújo não só presenceou todo o lamentável episódio, como também foi ele próprio quem mo contou.

 

E então, senhor Presidente, continua a gritar alto e bom som que é mentira ?...




publicado por Miguel Salazar às 00:03
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O direito ao contraditório...

(este artigo foi publicado no dia 11 Julho 2011)

(advertência ao leitor: este texto, infelizmente, não tem carácter humorístico)

 

Este artigo que agora publico, foi a única forma que encontrei para exercer o meu direito ao contraditório em relação aos desenvolvimentos subsequentes à minha intervenção na Assembleia Geral da passada sexta-feira.

Lamentavelmente, nem a VitóriaTV nem a GuimarãesDigital tiveram o cuidado de me proporcionar esse direito, divulgando apenas a versão do Presidente do Vitória.

Reconheço, no entanto, que a GuimarãesDigital teve pelo menos a hombridade de ter descrito com rigor o conteúdo da minha intervenção, ao invés do que fez a VitóriaTV que distorceu por completo o sentido das minhas palavras.

 

Na peça da VitóriaTV, a jornalista afirma que “Emílio Macedo da Silva não perdoa as graves insinuações do associado Miguel Salazar que trouxe à reunião uma acusação de alegado favorecimento ao Benfica” e EMS queixava-se de não ter ficado “satisfeito com uma insinuação” que lhe tinha sido feita.

A verdade é que a peça que está publicada no sítio oficial do clube, através da VitóriaTV, deturpa o sentido das minhas palavras, uma vez que não inclui o trecho inicial em que eu peço ao Presidente do Vitória para comentar um episódio que me tinha sido contado e que, pela sua gravidade e para que eu não pudesse ser acusado de leviandade, tinha feito questão de confirmar junto de quem a ele assistiu.

A sua divulgação, no âmbito da Assembleia Geral e num ambiente reservado aos sócios do Vitória, foi feita após essa confirmação, e em circunstância alguma poderia ou deveria ser interpretada como uma acusação ou uma insinuação.

Ao apenas mostrar a parte da descrição do episódio, a VitóriaTV transmite a impressão errada de que se trata de uma acusação, quando apenas se trata de um relato.

 

Em relação à queixa de EMS de que eu o teria acusado de “alegado favorecimento ao Benfica”, em nenhuma parte da minha intervenção isso foi dito, explícita ou implicitamente.

Aquilo que eu relatei (não acusei), e comentei, foi uma palestra que se pretenderia motivadora, mas que funcionou exactamente de modo contrário, e que por isso mesmo nem o próprio Presidente do Benfica teria conseguido fazer melhor (se lhe tivesse sido dada a oportunidade).

 

Noutra parte das suas declarações, EMS queixa-se de que eu o “achingalhei”.

Não consigo compreender em que altura da minha intervenção ele o conseguiu assim entender, uma vez que em momento nenhum teci qualquer consideração sobre a sua pessoa.

 

Mais adiante, EMS ao dizer que eu “quis insinuar é que eu (ele) queria vender digamos esse jogo ao Benfica”, atribui às minhas palavras um sentido que só com muita imaginação se conseguiria descortinar.

Uma venda pressupõe a existência de um comprador e de um pagamento, e na verdade, em nenhuma altura eu falei de compradores ou vendedores de favores, e muito menos de pagamentos, sejam eles em dinheiro, bens materiais, favores ou.tráfico de influências.

Confesso que esta é uma das partes das suas declarações que mais me intriga.

 

Em relação à preocupação do Presidente do Vitória sobre a preservação da sua imagem, devo ainda dizer que foi ele próprio quem decidiu tornar pública a minha intervenção, ao prestar declarações fora do âmbito da Assembleia Geral.

Aquilo que eu disse, tive o cuidado de o dizer num espaço reservado aos sócios do Vitória, longe dos jornalistas, e que está destinado à discussão aberta de assuntos internos.

Se o fiz foi porque entendi que se tratava de um episódio grave, confirmado por várias testemunhas, e que não poderia deixar de partilhar com os meus consócios, em ambiente reservado e que para isso mesmo foi criado, não deixando de proporcionar a EMS o justo direito ao contraditório, que de resto ele exerceu a seu bel-prazer.

Por isso, ainda hoje tenho uma enorme dificuldade em compreender onde possa residir o erro da minha atitude.

 

Uma palavra final para a VitóriaTV, que com esta peça não presta um bom serviço ao jornalismo, ao distorcer o teor das minhas palavras, e ao não manifestar qualquer interesse em ouvir aquilo que eu poderia ter para dizer.

O direito ao contraditório é um direito que me assiste, enquanto cidadão e enquanto sócio do Vitória, e que não me foi proporcionado por uma televisão que é suposto servir o clube e os seus sócios, e não apenas a sua Direcção.

A dúvida que subsiste, e que considero ser legítima, é se o truncamento das imagens sobre a minha intervenção, terá sido feita ou não de forma intencional…

 

Miguel Salazar


Poderá ver aqui a notícia do Guimarães Digital (no vídeo, a partir dos 3'42").

E poderá ver aqui a peça realizada pela VitóriaTV.



publicado por Miguel Salazar às 00:02
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Advertência ao leitor...

(este artigo foi publicado no dia 9 Julho 2011)

 

Em virtude dos lamentáveis acontecimentos da Assembleia Geral Ordinária do Vitória Sport Clube, de ontem, devo advertir os meus leitores de que o carácter humorístico deste blogue está, a partir de hoje e até indicação em contrário, temporariamente suspenso, dando agora lugar a um período circunspecto e cinzentão...



publicado por Miguel Salazar às 00:01
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