A Dança do Dragão surge nas celebrações tradicionais do Ano Novo Chinês, como sendo capaz de repelir os maus espíritos que, de outro modo, acabariam inevitavelmente por estragar o ano que então começa. Esta dança tem origens ancestrais, que remontam à Dinastia Han, a segunda dinastia Imperial da China (entre o séc.IIIaC e o séc.III).
Na Mitologia Oriental, o dragão representa o poder espiritual supremo, o poder celestial e o terreno, a sabedoria e a força. O dragão vive na água, traz aos homens a riqueza e a boa sorte, e usa a magia para socorrer os aflitos. Os chineses acreditam ainda que lhes providencia a chuva necessária às suas colheitas. O Dragão Chinês (“lung”) é um ser fantástico composto por Nove Entidades diferentes, que correspondem a diversas partes do corpo de vários animais: a cabeça é de um camelo, os olhos são de lebre (ou de demónio, noutras versões), os cornos de veado, as orelhas de touro (de boi ou de vaca), o pescoço é de serpente (ou de iguana) e as escamas são de carpa; as plantas das patas são de tigre, e as garras de águia (ou de falcão); a última entidade é normalmente considerada como sendo o ventre de sapo (ou de amêijoa, por não ter escamas), mas também há referências de que sejam os dentes de lobo. Das 117 escamas da carpa, 81 estão impregnadas de Yang (o Bem) e 36 de Yin (o Mal), reforçando a ideia de que os opostos coabitam no Dragão, mas em que a benevolência acaba sempre por prevalecer.
Na Dança do Dragão existem múltiplas coreografias que podem ser interpretadas por uma equipa com um número muito variável de intervenientes. Este número corresponde ao número de secções que compõem o dragão, que por sua vez varia com o seu comprimento total (habitualmente entre os 25 e os 35 metros, embora possa atingir os 70 e as 46 secções). De entre as coreografias mais conhecidas, sobressai a “em busca da pérola”. Nesta representação, o dragão persegue a “pérola”, que não é mais do que uma esfera colorida manipulada por um outro atleta. O simbolismo desta coreografia está associado à permanente busca da Sabedoria.
Neste cartoon do Sifu Paulo Araújo, o problema surgiu quando tive de decidir qual o símbolo a usar para representar a “pérola”. Confesso que a primeira ideia que me ocorreu foi a de usar o emblema do Vitória. Que melhor alternativa poderia existir para simbolizar a Sabedoria? Nenhuma, digo eu!
Mas a verdade é que receei bem que o Paulo, como reconhecido e inveterado dragão portista que é (vulgo: Andrade), não partilhasse da minha opinião e, no limite, ficasse desagradado com a ideia. E eu, que me considero um rapaz previdente, optei por não correr o risco de despertar o Dragão Chinês que há no Paulo.
Coisas de gente que está contente com a vida que leva...
Por outro lado, se usasse um símbolo do FCPorto, nunca ninguém seria capaz de estabelecer a ligação entre os dois (clube e Sabedoria).
E assim sendo, uma vez que não podia alterar o símbolo, outra opção não tive que não fosse a de alterar o object(iv)o da busca. E foi assim que, ao invés de procurar a Sabedoria, o Dragão Chinês surge agora em busca do Dragão Portista.
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