Sábado, 17 de Maio de 2014
A sobranceria do Mouro do bairro...

Apesar do valioso exército de mercenários que sempre teve à sua disposição, pagos a peso de ouro, Carlos Lisboa (o Mouro do Bairro de Benfica), era hoje um homem cheio de medo. Já foi demasiadas vezes depenado por Dom Fernando, para não o temer.

Talvez por isso se tenha refugiado no topo do lampião mais alto do bairro. Acreditava ele que assim estaria a salvo do ataque do Castelão e dos seus Conquistadores, que haveriam de chegar à Mouraria através de uma posição mais baixa. E a verdade é que essa posição superior lhe deu toda a vantagem no confronto de Sábado.

Ainda empoleirado no lampião mais alto do bairro, e com a cabeça nas nuvens por essa primeira vitória, tinha agora a firme certeza de que nenhum pormenor lhe tinha escapado. Lisboa, agora de novo com toda a sua sobranceria, estava finalmente no ponto de rebuçado para ser surpreendido. Era a altura exacta para Dom Fernando apostar todos os seus trunfos. Afinal, o Castelão sempre teve um, quando se tratou de enfrentar o Mouro do Bairro. Sempre assim foi, e sempre assim será.

Desta vez, o pormenor que escapou ao Mouro foi o facto de que durante os “play-off”, Dom Fernando foi recolhendo os despojos de guerra dos seus adversários. Após os mais recentes embates, Dom Fernando passou a dispor dos açores despojados aos Lusitanos de Angra do Heroísmo. O Castelão conta agora com uma Força Aérea.

Lisboa espera que os ataques continuem a vir sempre por baixo, mas o de Domingo haverá de chegar-lhe por cima.

O Mouro do Bairro está hoje mais confiante do que nunca, mas amanhã há-de voltar a ser surpreendido pelo Castelão...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 22:40
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Sexta-feira, 16 de Maio de 2014
E assim terminou a época de Caça ao Açor...

 

Dom Fernando tinha confiado a Dom Pedro o Pinto a missão de ficar vigilante, na torre altaneira do Castelo, e ele cumpriu-a escrupulosamente. Foi imperial. Imperial a vigiar, e imperial a ajudar na defesa da cidade.

Mas que não se pense que os açores foram fáceis de abater. Apesar de desta vez não terem podido contar com ajudas extra, a verdade é que complicaram, e muito, a vida dos Conquistadores. E assim valorizaram ainda mais o feito do Castelão e dos seus homens.

E o que se poderá dizer acerca do Povo? Por muito encómios que se teçam acerca do seu exemplar comportamento, há-de sempre soar a pouco. Nunca tal se tinha visto em relação ao Castelão. O Povo uniu-se, organizou-se e foi fundamental na defesa da cidade. Os cânticos que entoaram chegaram a ser ensurdecedores. Mais de mil gargantas cantaram em uníssono...

 

“Ouçam bem a força da nossa voz,

o Vitória somos nós, até morrer...”

 

Não era possível ficar indiferente àquele ambiente. Nem os Conquistadores poderiam deixar de se sentir apoiados e acarinhados, nem os açores poderiam ignorar e não “sentir (e temer) a força” do seu adversário.

Foi realmente impressionante...

Na parte sul da cidade, a época de caça ao açor continuava aberta. Don Isma la Torre atravessava a correr a Praça de Santiago, perseguindo um deles, acabando por o trespassar com a sua lança. O açor ficou cravado numa das janelas da antiga Casa do Castelão, e com isto perdeu finalmente o seu ovo. De entre as arcadas surgiu então uma mão providencial que assim evitou que ele se despedaçasse nas lajes de pedra da Praça.

Com o terceiro ovo (que na realidade era o nº 5), os Conquistadores ganharam o direito de combater os Mouros do Bairro de Benfica, nas Batalhas Finais.

Os açores bem tentaram levar a melhor, mas quarta-feira não era mesmo o dia deles.

Quarta-feira era (e foi) dia para Dom Fernando escrever mais uma página dourada da História da cidade.

Uma página que é apenas a mais recente, e não necessariamente a última desta época.

Afinal, o livro ainda não se fechou, pois não?...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 19:15
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Terça-feira, 13 de Maio de 2014
Vigilantes !...

 

Dom Pedro o Pinto, lá está vigilante, na altaneira torre de menagem do Castelo.

Tem de ser mesmo assim !...

Os açores já mostraram que não vão vender barata a sua pele, quero dizer as suas penas, e por isso os Conquistadores não podem facilitar.

O Povo está mobilizado e já se organizou para ajudar na defesa de Guimarães.

Dom Fernando interditou a entrada a todos os forasteiros, por mais inofensivos que pudessem parecer, para evitar que pudesse ser de novo traído, e incumbiu Dom Pedro de se manter vigilante, no ponto mais alto da cidade.

Ironia suprema essa, que fez com que um pinto se transformasse num perigoso predador, e com que uma terrível ave de rapina passasse a temer pela sua própria vida...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 23:16
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O ninho dos açores...

 

Depois da ignomínia que tinha sido a traição ocorrida em Guimarães, os Conquistadores chegaram à ilha Terceira sedentos de vingança.

Preocupados com o facto, os açores tinham delineado uma estratégia que se baseava na ideia de manter incógnita a localização do seu ninho. Quanto mais tempo o conseguissem fazer, maiores seriam as possibilidades de preservar os seus dois ovos, que lhes garantiam o direito de participar nas Batalhas Finais.

Tinham sido dadas ordens para que todos os açores se mantivessem bem escondidos, de modo a que Dom Fernando não conseguisse descobrir onde estava o ninho.

O problema é que o açor a quem foi dada a missão de proteger o ninho era demasiado exuberante. Não que não quisesse cumprir o seu papel, bem entendido, mas a verdade é que simplesmente isso estava muito para além das suas capacidades. O açor americano, o finguelinhas da fita azul na cabeça e com a barbicha afiada, não parava nem um segundo sequer. Parecia que estava ligado à corrente eléctrica. Sempre aos saltos, às “peitadas” e “ancadas” aos seus companheiros, dando “high-fives” e o diabo-a-quatro, enfim, era sempre um trinta-e-um para se conseguir acalmá-lo. Infelizmente para os açores, era demasiada exuberância para uma estratégia que se baseava na discrição. Daí a serem descobertos, foi coisa de poucos minutos. Perdida a estratégia, o resto da história conta-se em apenas duas penadas (eheheh)...

Como uma flecha disparada, Dom João o Guerreiro, rapidamente alcançou o ninho. Enquanto que com a mão direita segurava o açor, com a outra sorripiava-lhe um ovo precioso. Bem lhe teria tirado os dois se os açores lho tivessem permitido, mas a verdade é que eles também já tinham deixado bem claro que não estavam ali para facilitar as coisas aos Conquistadores.

A vingança estava assim parcialmente consumada e Dom Fernando, apesar de não conseguir ainda garantir o direito de combater nas Batalhas Finais, pelo menos conseguia levar a decisão final para o seu Castelo...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 18:01
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Segunda-feira, 5 de Maio de 2014
Ataque aéreo...

 

As tentativas de assalto à cidade d’El-Rei Dom Afonso Henriques, repetem-se ciclicamente.

Então desde que se conheceu a Lenda do Castelão, todos querem ser os primeiros a vencer Dom Fernando no seu reduto de Guimarães.

Desta vez, os pretendentes eram os Lusitanos de Angra do Heroísmo.

Avisados de que por terra, a conquista da cidade era praticamente impossível, os ilhéus tentaram então a sua sorte com um inusitado ataque aéreo.

Durante todo o dia de sábado, os açores cobriram o céu da cidade, mas bem alto, para estarem a salvo das flechas dos arqueiros de Dom Fernando. Eram também lendárias as qualidades do Castelão e dos seus homens, como exímios caçadores de aves de rapina. É certo que tinham maior apetência por águias (que eles caçavam com mais facilidade do que perdizes), mas também não seria com estes açores que eles haveriam de se fazer esquisitos. Por isso, e por via das dúvidas, iam-se mantendo lá por cima, bem alto. O problema deles, dos açores, é que tinham mesmo de voar mais baixo, se queriam conquistar alguma coisa.

Coitados. Caíram que nem tordos. Ou melhor, do que águias...

É verdade, foi assim que os açores do Lusitânia de Angra do Heroísmo foram caindo aos pés de Dom João, o Balseiro, e de Dom José, o Silva. Primeiro um, depois outro, para logo todos os restantes se porem em fuga, de volta ao seu acampamento com o rabo entre as pernas... quero dizer, com as penas retrizes da cauda, entre as patas.

O dia seguinte, o de Domingo, foi um dia de ignomínia, em que as gentes de Guimarães iriam ter de sobreviver a uma das maiores vergonhas da História da arbitragem nacional...

 

José Rialto



publicado por Miguel Salazar às 22:44
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Quinta-feira, 3 de Abril de 2014
a Lenda do Castelão...
 

 

Segundo a lenda, vivia em Guimarães um bravo Castelão. Dom Fernando era o seu nome e era o mais temido do Reino. O mais rico e poderoso era o de Benfica, mas era Dom Fernando quem todos mais temiam.

Era lendária a inexpugnabilidade do seu Castelo de Guimarães.

Adversário que aí enfrentasse Dom Fernando, acabava decepado e empalado numa estaca, no cimo das suas muralhas. Que o digam CAB Madeira, Benfica, Galitos, Sampaense, Oliveirense, Algés, Lusitânia e Ovarense. O da Académica já tinha desertado, aterrado que estava com a certeza de que lhe iria suceder o mesmo. Todos eles viram os seus emblemas serem decepados e cravados numa estaca no topo das muralhas, para que servissem de exemplo para aqueles que ainda assim tivessem a ousadia de desafiar o Castelão de Guimarães.

 

 

 

 

 

Mas haveria de ser, supreendentemente, o mais fraco e frágil de todos os seus adversários, o da Maia, a quebrar a invencibilidade de Dom Fernando.

Segundo quem assistiu a essa batalha, o da Maia chegou a estar praticamente morto, mas faltava ainda a estocada final. Esse pormenor foi fatal para Dom Fernando. O adversário da Maia não só se conseguiu recompor, como ainda foi capaz de surpreender o Castelão. No momento em que Dom Fernando já se preparava para empalar o emblema, este sumiu-se-lhe das mãos. Os maiatos recuperaram o seu símbolo e até se deram ao desplante de roubar a própria estaca, como troféu da sua fantástica vitória no até então inexpugnável Castelo de Guimarães.

 

Reza a lenda que o episódio serviu de lição ao Castelão, que a partir daí se tornou ainda mais impiedoso. Dom Fernando nunca mais voltou a deixar-se surpreender, nem mesmo quando o adversário estava pouco menos do que moribundo...

 

José Rialto

 

(cartoon desenhado para a revista Mais Guimarães)



publicado por Miguel Salazar às 19:26
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Quinta-feira, 22 de Julho de 2010
Jaime Silva...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jaime Silva já não é mais atleta do Vitória, mas foi a sua brilhante prestação de Afonso Henriques ao peito, durante toda a época passada, no escalão máximo do basquetebol português, que o levou à Selecção Nacional.

Infelizmente para o Vitória, foi também essa sua brilhante prestação que fez despertar a cobiça de quem, tendo outro tipo de disponibilidade financeira, acabou por conseguir levá-lo...



publicado por Miguel Salazar às 20:45
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Sábado, 7 de Janeiro de 1978
Todas as caricaturas de Marcel Momplaisir Jr...

Marcel Momplaisir Jr nesceu em Queens, Nova Iorque (Estados Unidos), a 12 de Agosto de 1981.

Entre 2001 e 2005, vestiu a camisola dos Rhode Island Rams.

Depois de sair dos EUA, Marcel jogou no Objetivo (Brasil), no La Ola (México), no Asker Aliens (Noruega), no Angrabasket e na Física de Torres Vedras, no Al-Wahda de Damasco (Síria) e no Lusitânia dos Açores.

Em 2014/2015 assinou pelo Vitória.

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publicado por Miguel Salazar às 23:38
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Todas as caricaturas de Pedro Martins...

 

Pedro Rui da Mota Vieira Martins nasceu em Santa Maria da Feira, no dia 17 de Julho de 1970.

Fez toda sua formação no Feirense.

Representou também o Feirense no início da sua carreira como futebolista. Em 1994/1995 veio para o Vitória e na época seguinte assinou pelo Sporting. Representou ainda o Boavista, o Santa Clara e terminou a sua carreira ao serviço do Alverca, na época de 2003/2004.

Foi internacional português, numa única ocasião.

Como treinador-adjunto, orientou as equipas do Vitória de Setúbal, do FCPorto e do Belenenses. Como treinador principal, orientou o União de Lamas, o Lusitânia, o Sporting de Espinho, o Marítimo e o Rio Ave. Assinou pelo Vitória na época de 2016/2017.

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publicado por Miguel Salazar às 12:00
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