Os Conquistadores chegaram às portas de Ovar, à hora prevista, sem artimanhas nem surpresas. Talvez por isso não tenham conseguido tomar a cidade logo ao primeiro assalto. Contra todas as expectativas, os vareiros tinham travado a primeira investida dos homens do Castelão.
Dom Fernando teve quase 24 horas para reavaliar a situação. Estudou cuidadosamente os obstáculos que tinha pela frente, e principalmente o adversário que os defendia. Algo tinha falhado, mas o Castelão não era homem para repetir erros do passado. Redefiniu a sua estratégia, e com isso acabou por surpreender os vareiros que não contavam que os Conquistadores pudessem tomar a cidade daquela maneira. É que assim, de salto à vara, não havia ria de Aveiro, ponte levadiça ou paliçada que lhes pudesse valer. Dom João, o Balseiro, tinha entrado a voar pela cidade, à frente dos Conquistadores que a tomaram num ápice, mesmo antes que alguém pudesse fazer o que quer que fosse. Ao fim daquele dia de Domingo, Ovar era uma cidade rendida aos pés de Dom Fernando, o Castelão de Guimarães.
Desde essa altura, aos vareiros, quase se lhes dá um nó de cada vez que repetem este trava-línguas...
“Nós os vareiros de Ovar ficamos varados quando vimos Ovar
ser tomada de assalto por Conquistadores assaltantes
que nos assaltaram saltando à vara”
José Rialto
Quando, no reinado de Dom Dinis, se concluiu a construção da cerca nova das muralhas de Guimarães, envolvendo finalmente as Vilas de Cima (do castelo) e de Baixo (da Senhora da Oliveira), a cidade tornou-se quase inexpugnável. Três vezes a tentaram assaltar e três vezes fracassaram. Primeiro foi o Príncipe Dom Afonso, filho de Dom Dinis, depois foi Henrique II de Castela, e finalmente Dom João I. Todos eles tentaram tomar de assalto a cidade de Guimarães, e a todos eles as muralhas lhes resistiram.
Porque razão haveriam de supor os Ovarenses, que poderiam conseguir aquilo que um Infante e dois Reis não conseguiram?
Dom Fernando, o Castelão, sorria com a ousadia dos vareiros. Pensariam eles que, sendo de Ovar, ainda estavam no Carnaval e ninguém lhes levaria mal? A verdade é que não estavam. Estavam era na quadra pascal, e aquilo que os esperava era um longo calvário...
Quando se aperceberam que o assalto não lhes estava a correr exactamente como tinham imaginado, já era tarde demais, pois dois deles já estavam presos nas mãos de um dos dois Conquistadores estrangeiros - Sir Anthony Meier, a Pantera de Milwaukee. Quer dizer, um ainda estava, suspenso lá do alto da Torre da Senhora da Piedade (mesmo por cima da Porta da Vila), mas o outro já tinha sido largado no vazio, de encontro ao chão poeirento do terreiro do Toural. Nessa altura, quem já fugia eram os seus conterrâneos, em plena debandada de volta às terras de Ovar.
Mas não se livrarão do seu destino assim tão facilmente. Em menos de uma semana, aí hão-de chegar também Dom Fernando e os seus homens, para explicar muito claramente aos ovarenses, na sua própria terra, a razão pela qual os homens do Castelão ficaram conhecidos pelos “Conquistadores”...
José Rialto
BIBLIOGRAFIA
Um percurso pelas Muralhas de Guimarães. Miguel Bastos. Novembro, 2013.
Segundo a lenda, vivia em Guimarães um bravo Castelão. Dom Fernando era o seu nome e era o mais temido do Reino. O mais rico e poderoso era o de Benfica, mas era Dom Fernando quem todos mais temiam.
Era lendária a inexpugnabilidade do seu Castelo de Guimarães.
Adversário que aí enfrentasse Dom Fernando, acabava decepado e empalado numa estaca, no cimo das suas muralhas. Que o digam CAB Madeira, Benfica, Galitos, Sampaense, Oliveirense, Algés, Lusitânia e Ovarense. O da Académica já tinha desertado, aterrado que estava com a certeza de que lhe iria suceder o mesmo. Todos eles viram os seus emblemas serem decepados e cravados numa estaca no topo das muralhas, para que servissem de exemplo para aqueles que ainda assim tivessem a ousadia de desafiar o Castelão de Guimarães.
Mas haveria de ser, supreendentemente, o mais fraco e frágil de todos os seus adversários, o da Maia, a quebrar a invencibilidade de Dom Fernando.
Segundo quem assistiu a essa batalha, o da Maia chegou a estar praticamente morto, mas faltava ainda a estocada final. Esse pormenor foi fatal para Dom Fernando. O adversário da Maia não só se conseguiu recompor, como ainda foi capaz de surpreender o Castelão. No momento em que Dom Fernando já se preparava para empalar o emblema, este sumiu-se-lhe das mãos. Os maiatos recuperaram o seu símbolo e até se deram ao desplante de roubar a própria estaca, como troféu da sua fantástica vitória no até então inexpugnável Castelo de Guimarães.
Reza a lenda que o episódio serviu de lição ao Castelão, que a partir daí se tornou ainda mais impiedoso. Dom Fernando nunca mais voltou a deixar-se surpreender, nem mesmo quando o adversário estava pouco menos do que moribundo...
José Rialto
(cartoon desenhado para a revista Mais Guimarães)
Jaime Silva já não é mais atleta do Vitória, mas foi a sua brilhante prestação de Afonso Henriques ao peito, durante toda a época passada, no escalão máximo do basquetebol português, que o levou à Selecção Nacional.
Infelizmente para o Vitória, foi também essa sua brilhante prestação que fez despertar a cobiça de quem, tendo outro tipo de disponibilidade financeira, acabou por conseguir levá-lo...
Há três anos, a equipa de basquetebol do Vitória foi campeã nacional da Proliga.
Há dois, conseguiu um feito inédito ao vencer a Taça de Portugal. Nunca antes, uma equipa da Proliga lograra vencer esta competição. E, para o conseguir, o Vitória teve mesmo de ultrapassar as três equipas melhores classificadas da Liga Profissional da época anterior (Ovarense, FCPorto e Vagos).
Na época passada, a primeira na Liga Profissional, e apesar de todas as contrariedades que então sofreu, o Vitória conseguiu o acesso aos "play-off" e ficou à frente do FCPorto.
Na última pré-época, venceu o Troféu António Pratas, ultrapassando sucessivamente as equipas do FCPorto, Ovarense e Benfica.
No final da primeira volta do campeonato da Liga deste ano, o Vitória já vai em quarto lugar, a um ponto apenas do FCPorto, e a dois da Ovarense.
Não restam dúvidas, a modalidade deixou de ser uma questão a três...
"There's a new kid on the block"...
José Rialto
Actualização, a 6 Março 2010
Desde a publicação deste artigo, há rigorosamente 1 mês, o basquetebol do Vitória voltou a confirmar tudo aquilo que de bom tem vindo a ser dito a seu respeito. Para o Campeonato da Liga, venceu o FCPorto no Caixa Dragão, e ontem eliminou o Benfica da Taça de Portugal. Começam a faltar-me palavras para elogiar o magnífico trabalho que continua a ser desenvolvido por Fernando Sá e seus pares...
Será possível que ainda restem algumas dúvidas sobre o "new kid on the block"?
Infelizmente, hoje fomos eliminados pelo FCPorto, porque ser bom, ser muito bom, não implica ser invencível. Perdemos, é verdade, mas com muita dignidade.
Parabéns a todos e, mais uma vez, muito obrigado...
(cartoon publicado no Fórum Basket Pt, no Vitória Sempre, e no Fórum Vitória Sempre)
Defesa-central internacional português do Marítimo.
Eduardo Luís vestiu ainda as camisolas do Desportivo dos Olivais, Benfica, FCPorto, Rio Ave e Ovarense...
(caricatura publicada no Marítimo Saudade)
Defesa-central português, Teixeirinha defendeu as cores de FCPorto, Académico de Viseu, Beira-Mar, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Marítimo, Penafiel e Ovarense.
Foi internacional português...
Pedro Azevedo, iniciou a sua carreira de basquetebolista no Galitos (Aveiro).
Representando o Vitória, Pedro venceu a Taça de Portugal.
Depois, passou pela Ovarense, Sampaense e Illiabum.
Na época de 2012/2013, Pedro Azevedo joga na Sanjoanense.
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Manuel José Tavares Fernandes nasceu em Sarilhos Pequenos, no dia 5 de Junho de 1951.
Fez a sua formação no Sarilhense.
Começou a sua carreira na CUF (Barreiro), onde se manteve até 1974/1975.
Nessa altura transferiu-se para o Sporting, clube que representou ao longo de 12 anos.
Mudou-se então para o Vitória de Setúbal, cumprindo em 1987/1988 a sua última época como jogador de futebol.
Foi internacional em 31 ocasiões, marcando apenas 7 golos.
Como treinador, Manuel Fernandes iniciou-se ao serviço do Vitória de Setúbal.
Desde então. e até 2010, treinou as equipas do Estrela da Amadora, Ovarense, Campomaiorense, Tirsense, Santa Clara, Sporting, Penafiel, ASA (Angola) e União de Leiria.
Em 2009 voltou ao Vitória de Setúbal.
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Mário Leite é natural de Ovar, e foi nesta cidade que desenvolveu toda a sua carreira, quer enquanto jogador de basquetebol, quer enquanto treinador.
Mas a primeira modalidade que experimentou, foi o hóquei em patins, na Ovarense. Aos 14 anos, Mário Leite troca então esta modalidade pelo basquetebol.
Foi internacional português júnior e sénior.
Como treinador, representou apenas BCO e Ovarense.
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Ivan Almeida nasceu em Cabo-Verde.
Fez a sua formação no Amibasket, da Praia.
Durante a sua carreira como basquetebolista, Ivan Almeida já representou os seus patrícios do Sporting da Praia, do Seven Stars e do Bairro Craveiro Lopes, e ainda os americanos dos Mohawk Valley Skyhawks e dos Stonehill Hawks.
Em Portugal, já jogou na Ovarense, no Sampaense e depois no Vitória onde, para além de conquistar a Taça de Portugal (2012/13), também foi considerado o MVP dessa final.
Em 2013/2014, assinou pelos franceses do Lille Metropole. Duas épocas mais tarde transferiu-se para o Roanne e, em 2016/2017, para o Cholet Basket, ambos franceses.
Ivan Almeida tem dupla nacionalidade (luso-cabo-verdiana), mas é internacional pela Selecção de Cabo-Verde.
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Tam Fong Ling é filho de pais chineses, mas nasceu em Lourenço Marques (Moçambique), a 10 de Novembro de 1955.
Tam Ling começou a jogar no Sporting de Lourenço Marques, em 1968/69. Na época de 1976/77 transferiu-se para o FCPorto, clube que representou durante 3 temporadas. Em 1979/80 assinou pela Ovarense, onde terminou a carreira de jogador no final da época de 1986/87.
Foi seleccionado por 7 vezes para defender as cores da Selecção Colonial de Moçambique, e foi internacional português por 47 vezes (escalões de sub-18 e sub-16).
Como jogador, foi 3 vezes Campeão Nacional pelo FCPorto (1976/77 a 1978/79), vencedor da Taça de Portugal também pelo FCPorto (1978/79) e 3 vezes Campeão Regional de Moçambique, pelo Sporting de Lourenço Marques (sénior 1972/73, júnior 1971/72 e juvenil 1969/70).
Como treinador, iniciou-se no FCPorto, em 1976/77. Depois disso, treinou ainda a Ovarense, os Galitos, a ACR Vale de Cambra e o Vitória. Depois de uma nova passagem pela Ovarense, Tam Ling regressou a Guimarães em 2012/13, para ser o responsável por toda a Formação do Vitória, acumulando ainda as funções de treinador da equipa sénior feminina.
Tam Ling foi o Treinador das Selecções Nacionais de Juniores e de Cadetes, e ainda das Selecções Distritais de Aveiro e de Braga.
Como treinador, e ao serviço da Ovarense, foi Campeão Nacional (1986/87), vencedor da Taça de Portugal (1986/87) e vencedor da Taça da Liga (1996/97), 2 vezes Campeão Nacional de Cadetes masculinos (1985/86 e 1990/91) e 3 vezes Campeão Regional de Aveiro (1985/86, 1986/87 e 1988/89). Foi ainda Campeão Nacional Inter-Associações de Cadetes, pela AB de Aveiro (2011/12).
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