Há um aforismo popular que diz que "Natal é quando um homem quer".
Para Júlio Mendes sempre assim foi... e continua a ser. Desde que é Presidente do Vitória, não se tem cansado de brincar ao Pai Natal, oferecendo jogadores a granel. Jogadores e treinadores também.
Este cartoon tem quase 1 ano, e foi desenhado numa altura em que já era fácil prever as ofertas que Júlio Mendes tinha em mente. Dos que estão dentro do saco, já foram quase todos oferecidos à concorrência. Falta apenas um. Um dia, também esse acabará por sair. Ele bem se tem oferecido, mas parece que ninguém o quer. Se calhar ainda vamos ter de pagar para alguém o levar. Mas quando esse dia chegar, aí eu terei finalmente o meu dia de Natal fora da data.
Se realmente for verdade que "o Natal é quando um homem quer", então eu também quero o meu dia de Natal... e de preferência já, antes que o meu clube acabe vulgarizado e humilhado, com o futebol na 2ª Divisão e sem as suas modalidades...
Miguel Salazar
Na noite da véspera de Natal, confortavelmente sentado na minha poltrona em frente à lareira, acabei por me deixar adormecer. Não sei se foi do calor reconfortante da lareira e do efeito hipnotizador das suas chamas, se foi do conforto da poltrona, ou simplesmente do cansaço acumulado. Facto, facto é que adormeci mesmo... e sonhei...
Rui Vitória estava inconsolável, de braços abertos, virado para Júlio Mendes... vestido de Pai Natal. O nosso treinador nem queria acreditar naquilo que viam os seus olhos. O plantel estava a ser desmantelado outra vez. Uma vez mais. Alguns dos seus melhores jogadores já estavam dentro do saco de prendas do Pai Natal, e a direcção que levavam não era a do seu sapatinho...
– Não estou a perceber… Mas afinal, o Pai Natal dá ou tira?
– Vamos ver, eu para poder dar as minhas prendas, tenho de as ir buscar a algum lado, não?
– E vai tirar-me esses jogadores todos?
– Vamos ver... Para já levo estes, mas depois venho buscar mais.
Rui Vitória estava cada vez mais desesperado. E o Pai Natal, na sua infinita generosidade, resolveu consolá-lo...
– Vamos ver, Mister, não desespere. Se quiser, também o levo a si na próxima remessa.
– Levar-me embora, Presidente? Mas eu ainda gostava...
– Deixe-se lá de sentimentalismos, homem. Aproveite que eu já disse que não lhe quero cortar as pernas.
De repente (que nesta coisa de sonhos e pesadelos, tudo acontece muito de repente) já estavam todos dentro do saco do Pai Natal (o treinador e o próprio Presidente incluídos).
Com um sorriso quase maquiavélico, Júlio Mendes (o que estava vestido de Pai Natal) ainda disse entredentes...
– Levo-o a si... e eu aproveito e também vou. Vamos ver... se calhar já nem preciso de passar pela Liga. É isso! Vou oferecer-me directamente à Federação. Vai ser uma prenda extraordinária.
Rui Vitória não ouviu por certo estas últimas palavras, pouco mais do que ciciadas, mas eu senti-as como facas que se espetavam nas minhas costas. As gargalhadas de Júlio Mendes, sinistras, ainda ecoavam na minha cabeça, mas ironicamente foram também elas que me arrancaram deste terrível pesadelo e me trouxeram de volta à poltrona da minha sala e ao calor da minha lareira. As gargalhadas que agora ouvia eram muito mais reconfortantes. “Ho, ho, ho”... O Pai Natal, o legítimo, tinha acabado de entrar na minha sala. E desta versão mais tradicional do Pai Natal, gostava eu. Este só vinha mesmo entregar presentes. Não vinha tirar nada a ninguém...
José Rialto
(este cartoon foi desenhado para o sítio da Associação Vitória Sempre)
Com a chegada de Júlio Mendes ao Vitória, o clube passou finalmente a apostar na “prata da casa”.
A criação da equipa B deu resultados quase imediatos, não tanto na sua própria competição, mas essencialmente pela forma como foi sendo capaz de suprir as necessidades da equipa principal. E fê-lo de tal forma que conseguiu mesmo ajudá-la a conquistar o seu primeiro grande título nacional. Mas não foi apenas nos resultados desportivos que se registaram os nossos sucessos. Os melhores negócios dos últimos 2 anos têm sido fruto desta aposta na equipa B e também na formação. Ricardo Pereira, Tiago Rodrigues, Amidó Baldé e Paulo Oliveira são os maiores exemplos disso mesmo.
Mas voltando aos sucessos desportivos, na época passada conseguimos o título de Campeão Nacional de juvenis e fizemos regressar a equipa B à Segunda Liga. Este ano, mais de metade da equipa principal é oriunda da equipa B, tal como o são algumas das maiores revelações de todo o Campeonato.
Não podem restar quaisquer dúvidas. Todas as evidências apontam para o facto de ser este realmente o caminho.
Os próprios atletas da formação dos nossos adversários já começam a ver em nós, o único caminho que em Portugal os pode levar ao sucesso. Só por isso eles começam a preferir o Vitória aos clubes nacionais com maiores tradições. A verdade é que nos últimos anos assistimos a um movimento inusitado de atletas (de topo) dos escalões de formação de Sporting, FCPorto e Benfica, a trocar os seus clubes pelo nosso. Esta inversão no fluxo de talentos é um facto que seria impensável há uns anos atrás, mas que hoje constitui um sinal inequívoco que não podemos nem devemos desvalorizar.
O caminho é de facto a aposta na formação e na equipa B, e espero que os dias melhores que hão-de vir com o regresso da estabilidade económica, não tragam também consigo o regresso à velha e gasta estratégia do investimento massivo no mercado estrangeiro, em atletas de valia mais do que duvidosa. E se assim for, então ficará claro que o caminho escolhido pela Direcção de Júlio Mendes foi uma decisão intencional e deliberada, e não apenas uma solução de recurso para conseguir enfrentar o caos em que outros (ainda) impunemente nos lançaram.
A estratégia terá de manter-se assim, firme e decidida, para que o Vitória cumpra finalmente o seu destino de fazer jus ao epíteto da cidade. Tal como Guimarães sempre foi, o Vitória começa agora também a ser, e com toda a propriedade... o Berço da Nação...
José Rialto
Aquilo que Hernâni fez no Reino do Galo foi tão simples como contar até três...
Uma exibição promissora, dois golos, três pontos.
Com os nossos adeptos do lado de fora a recusar-se a pagar aquilo que o galo pretendia, bem se pode dizer que trouxemos o que quisemos, sem pagar o que quer que fosse.
Em boa verdade Hernâni foi um pilha-galinhas, não por ter pilhado qualquer galinha ao galo, mas sim por ter pilhado os três ovos às galinhas.
Que é como quem diz... pilhou-as bem...
José Rialto
Post scriptum
Eu disse "pilhou-as"... com "p", entenda-se...
Hernâni Jorge Santos Fortes nasceu em Lisboa a 20 de Agosto de 1991, e tem dupla-nacionalidade, luso-caboverdiana.
Joga na posição de extremo esquerdo.
Fez quase toda a sua formação no Cova da Piedade, terminando-a no Atlético.
Como sénior, Hernâni iniciou-se no Atlético.
Esteve emprestado ao Mirandela em 2011/2012, e voltou à Tapadinha em 2012/2013.
Nessa mesma época transferiu-se para o Vitória.
Em Janeiro de 2015 transferiu-se para o FCPorto e em Agosto foi cedido aos gregos do Olympiakos.
Para ver todas as caricaturas de Hernâni, seleccione o seu nome no final da linha de "tags" deste artigo...
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